Seab espera vacinar mais de 90 mil bovinos contra Aftosa

Segunda etapa da vacinação estreia nesse sábado. Contra Brucelose, medicamento também ser aplicado nesta edição

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Atualizado há 9 anos

Por Mariana Honesko

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(Foto: Reprodução).

Começa neste sábado, 1º, e estende-se até o último dia de novembro, a segunda etapa da campanha de vacinação contra a Febre Aftosa. O Paraná ainda depende do medicamento para garantir a sanidade animal. É diferente, por exemplo, de Santa Catarina, único estado brasileiro que controla a doença sem a intervenção da vacina.

Na região de União da Vitória, a ação é monitorada pela Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab), que espera superar os índices de maio e vacinar mais de 90 mil cabeças de gado nos dez municípios assistidos. “Para a campanha, os produtores devem procurar as lojas agropecuárias com o novo cartão de produtor, retirado em maio, na primeira fase da campanha. A loja vende a vacina e faz a comprovação dela de maneira online”, explica a veterinária do órgão, Flávia Ravanello. Aos produtores, recomenda-se ainda que uma caixa de isopor seja levada aos locais de venda da vacina. É nela que o medicamento fica armazenado até chegar ao rebanho.

Todos os animais, bovinos e bubalinos, inclusive os bezerros de poucos dias, devem receber o medicamento nesta segunda etapa da campanha. Em maio, a vacinação é obrigatória para animais com idade de até 24 meses. “O Paraná está com risco baixo de Aftosa mas é por isso que o produtor não deve baixar guarda para que o estado possa pedir área livre da Aftosa sem vacinação”, ressalta Flávia.

Conforme a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), o estado trabalha com o objetivo de dar condições para a suspensão da vacinação até 2016. Por enquanto, o estado é considerado uma Área Livre de Febre Aftosa Com Vacinação, reconhecida pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Nesta condição, encontram-se ainda outros 23 estados e o Distrito Federal.

Sobre a Febre Aftosa

É uma doença contagiosa, causada por um vírus de rápida multiplicação. Os animais infectados apresentam feridas na boca, nos lábios, nas tetas e nos cascos, além de se afastarem do convívio com os outros animais e terem dificuldades de locomoção e alimentação. Caso um único foco seja identificado, todos os animais da propriedade precisam ser sacrificados e a zona passa a ser controlada. “Onde nada sai e nada entra. Por exemplo, se o produtor produz leite, este leite não sai. Se produz ovo, esse ovo fica na propriedade. É um prejuízo enorme para ele e para o estado todo”, observa a veterinária.

Vacina contra Brucelose pode ser aplicada agora

Além da Aftosa, as fêmeas bovinas e bufalinas, com idade entre três e oito meses, podem ser vacinadas durante a campanha de novembro. O grupo não vacinado recebe o medicamento B19 e os que já participaram de outras campanhas, a RB51. Ambos os medicamentos têm venda controlada por receita médica veterinária e só podem ser realizadas por um profissional. A Brucelose é uma doença que pode ser transmitida de animal para ser humano. Um único caso compromete a produção, já que exige o sacrifício do doente e de outras cabeças do rebanho.

Agilidade

Neste ano, a Adapar monitora uma campanha digital. A comprovação da vacina será online, onde os dados dos produtores e do medicamento serão lançados diretamente em sistemas digitais. A proposta busca a comprovação mais rápida e precisa.