Editorial!!!

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Atualizado há 5 anos

A informação está em todos os lugares. Essa afirmativa se torna cada vez mais real a partir do aumento expressivo de vozes pelos novos canais de comunicação. Temos hoje uma facilidade de acesso a informações e isso nos garante o contato com as notícias boas e notícias ruins. Porém, o eleitor nem sempre tem conseguido diferenciar o que é verdadeiro do que é falso.

As redes socias contribuíram significativamente  para beneficiar o contato com a informação, porém, na mesma proporção, trouxe conteúdo que pode enganar e inclusive mentir. A crise moral e ética que avança no país, apresentando escândalos de corrupção, desvios de verbas milionárias e o uso da máquina pública de forma pessoal, faz com que o eleitor fique mais suscetível a se envolver nas informações que nem sempre são verdadeiras. A falta de checagem nas informações recebidas geram conflitos e enganam, sem nenhum pudor.  Uma pesquisa publicada essa semana, mostra o quanto os eleitores usaram as redes sociais durante essa campanha. Um dado que chama atenção é que entre os eleitores de Bolsonaro, por exemplo, 61% dizem ler notícias no WhatsApp, e 40% afirmam compartilhar notícias de política na plataforma. Com Ciro, são 46% e 22%, respectivamente; Haddad, 38% e 22%; e Alckmin, 31% e 13%. Isso mostra o quanto as redes sociais foram marcantes e também abriram espaço para as notícias falsas. Mas será que todos esses compartilhamentos foram verificados em relação a veracidade? Qualquer matéria jornalística, por exemplo, que incomode um candidato ou seus partidários, é imediatamente distribuída como fake. Ou, algumas vezes, um contraponto é criado, nem sempre real. Discursos e práticas não estão coerentes, não têm fundamentos concretos e convincentes.

E enquanto as redes sociais movimentam conteúdo, a política de verdade precisa da visibilidade na mídia oficial.  A imprensa, aquela responsável e organizada, é a coadjuvante capaz de crivar e garantir o melhor do jornalismo no cenário dessas eleições. Porém, duras críticas genéricas são feitas a essa imprensa, onde o respeito pelo profissionalismo e pelos profissionais são esquecidos. E aqui, no Vale do Iguaçu, mesmo passando por momentos sinuosos e enfrentando reprovação, nós o fizemos. Com o objetivo e compromisso de levar ao leitor o que mais prezamos, que é a boa informação, fizemos o que muitos outros veículos chamaram de “loucura”. Antes mesmo de pensar em eleição, o Grupo Verde Vale de Comunicação (que reúne a rádio CBN Vale do Iguaçu, a rádio FM Verde Vale, o Jornal O Comércio e também o portal Vvale) ofereceu aos seus leitores e ouvintes parâmetros das ideias dos nossos representantes.

Com o lançamento da série de entrevistas “Conheça o seu Deputado”, 67 deputados do Paraná e de Santa Catarina foram entrevistados e deram suas considerações sobre assuntos como a Operação Lava Jato, a reforma da previdência, a corrupção enfrentada no Estado e, principalmente, o que eles achavam da nossa região e o que já fizeram por ela. Descobrimos deputados que mal sabem onde fica o sul do Paraná ou o Planalto Norte Catarinense, mas também entrevistamos muitos que têm propostas e ações que são um diferencial para nossa região.

Depois da série, parcerias com a Acaert, ADI e Uninter nos proporcionaram dar uma dimensão maior ao nosso público de quem efetivamente eram os candidatos ao governo dos dois estados. Diversas matérias sobre política foram feitas nos últimos sete meses, sempre pensando que nossos ouvintes ou leitores merecem sim informação de qualidade, e, por meio dela, entender melhor o que está acontecendo em nossos estados e em nosso País.

A imprensa continua sendo um canal importantíssimo para que a sociedade possa conhecer um pouco seus políticos e assim permitir que o eleitor possa optar por seu candidato com o máximo de informação possível. Convivemos diariamente com críticas pesadas e muitas vezes injustas sobre nosso trabalho, mas esse é o preço que pagamos pela pluralização do debate, com a possibilidade de cada vez mais pessoas poderem publicar suas opiniões.

O leitor tonou-se mais crítico e desconfiado, e nós sempre tentando ofertar o melhor que temos. Hoje, depois de meses de trabalho em relação a política,  apresentamos um especial sobre as eleições e dando mais uma oportunidade para que nossos leitores e ouvintes possam efetivamente escolher bem. Vamos continuar sendo otimistas em relação ao nosso Brasil! Independentemente de quem ganhar as eleições, que nossos representantes possam nos oferecer chances e oportunidades de ordem e progresso!