Empório do Empresário: Ponto de Equilíbrio

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Atualizado há 8 anos

Após alguns poucos anos de trabalho percebo que a noção de empresa, para muitas pessoas que desejam ser empresários, ainda pode ser aprimorada, apesar de toda a informação e de toda a disponibilidade de conhecimento que temos experimentado nos últimos anos.

Segundo o IBGE, 24% das empresas brasileiras encerram suas atividades no primeiro ano de vida e pior ainda, esse índice chega a 30% dependendo do tamanho da empresa. Quanto menor, menos tempo permanece no mercado, essa é a realidade nacional.

Várias são as explicações para esse fato, entre eles podemos citar, o despreparo dos investidores e todas as suas terríveis conseqüências. Mas a pior de todas as carências que um empresário passa é a falta de informação. Parece até um cinismo, mas sim, apesar de todo bombardeamento que sofremos diariamente, a falta de informação empresarial ainda existe.

E entre as principais informações que toda e qualquer empresa precisa, necessariamente, ter é o do ponto de equilíbrio (ou no inglês, break even point), que nada mais é do que o valor que a empresa precisa alcançar para pagar todas as suas contas e, a partir de então, começar a ter lucro. Isso significa o seguinte, toda e qualquer empresa tem custos, despesas e gastos mínimos para se manter no mercado. Esses custos, despesas e gastos podem ser discriminados em folha de pagamento, luz, água, telefone, custos para compra de matéria-prima, pró-labore, entre outros. E somando-se todos esses valores, chegar-se-á a um número, a partir desse número, desse montante a empresa começará a ter sobra financeira, ou seja lucro. Esse valor, indica qual o montante mínimo de vendas é necessário para que a empresa comece a ter rentabilidade. É básico, mas ainda muitos não sabem, tem uma noção, mas o número exato, poucos dominam.

O fato é que não é tão simples chegar a esse valor, mas ele é necessário e, mais ainda, imprescindível para aquele que quer se manter no mercado, portanto uma obrigação do empresário.

Felizmente o mercado é o juiz mais implacável das empresas, é ele que diz “não” ao empresário que afirma não saber sobre o tema, mas que sabe “enrolar”, caso contrário fosse, ainda estaríamos fazendo escambo em nossas cavernas. Hoje há cada dia menos espaço para o empresário desinformado e despreparado.

Alvaro Concha

Consultor de empresas

alvaroconcha@gmail.com