Engajamento como ferramenta de mudança

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Atualizado há 7 anos

Profª. Ms. Marta Borges Maia, Diretora Geral da Uniguaçu
Profª. Ms. Marta Borges Maia, Diretora Geral da Uniguaçu

A globalização trouxe a facilitação do acesso a informações, bem como à interação, principalmente por meio de redes digitais que aparentemente favorecem a cooperação entre seus usuários. Mas em um mercado competitivo, dinâmico e exigente como o que vivemos, somente o acesso a essas redes não garante o crescimento pessoal e profissional de seus membros, é necessário que se tenha envolvimento de forma presencial e efetiva.

Há muitos desafios quando se tem a necessidade do trabalho coletivo, pois isso depende de motivação, a qual deve ser desenvolvida visando as reais necessidades dos sujeitos em contrapartida ao grupo em que se está inserido. Essa é uma questão que precisa ser debatida em todos os segmentos sociais, pois sem motivação as atividades não passam de meras obrigações.

Por isso, não importa a tarefa, ou ação, o desenvolvimento dependerá, sempre, do engajamento e da proativiadade dos envolvidos para que o resultado seja positivo. Assim ocorre a realização pessoal, profissional e/ou social com foco na construção da identidade do grupo e, por consequência, do sujeito.

Encarar os desafios propostos de forma objetiva, com o foco na solução de problemas por meio da reflexão, análises e envolvimento é um dos primeiros passos para a construção de um princípio proativo que visa o desenvolvimento de todos. Porém, nem todas as pessoas são sensíveis a isso. Desse modo, a ampliação do relacionamento interpessoal, tendo como foco os objetivos do grupo, traz resultados mais efetivos, podendo, através das diversas experiências, enriquecer a aprendizagem por meio do engajamento.

Também não se pode pensar que esse processo dependerá apenas da força de vontade e da proativiadade dos sujeitos envolvidos, o reconhecimento pelo esforço e engajamento deve sempre ser demonstrado pelo líder do grupo, o qual passa a ter um papel determinante para que os resultados sejam expressivos. Dessa forma, os incentivos constroem processo de auto-realização, que por sua vez reforça os princípios éticos e morais do grupo e do indivíduo.

A solidez, nas mais distintas áreas da sociedade, depende do fortalecimento do engajamento, que por sua vez ajuda no desenvolvimento de ideias e de princípios criativos para que a vida em sociedade seja um ato de maior comprometimento, que busque a interação constante como meio de disseminação daquilo que é bom, ao mesmo tempo que transforma as maiores fragilidades em grandes potencialidades. É assim que todos deveriam agir, mas para muitos, infelizmente, isso não passa de uma utopia.

Claro, se houver uma verificação dos índices de satisfação da maioria das pessoas que desempenham algum papel na sociedade, seja trabalhador da indústria e comércio, estudante, professores, entre outros, ter-se-ia um resultado negativo, já que muitos não estão satisfeitos com o papel que desempenham, ou com a questão salarial, sentindo-se desvalorizados.

Mas, entra aqui um ponto interessante, não se pode confundir valorização com o recebimento de valores como um processo de troca, até porque não é o que se faz que deve ser mais importante, mas sim como se faz e como que isso chega à sociedade. Muitos precisam aprender a olhar ao seu entorno e perceberem como tudo funciona, para que, a partir daí, ocorra a reflexão sobre a importância de pertencerem à sociedade, levando em consideração o seu papel enquanto sujeitos proativamente engajados e transformadores de realidades. Mesmo que utopicamente. Com isso há a certeza de que não ficaram esperando algo acontecer, mas participaram dos acontecimentos que podem, e devem, provocar mudanças.

Assim, envolver-se deveria ser o principal objetivo dos sujeitos frente às diversas realidades que o constroem. Sabe-se que não é fácil, por esse motivo que se deve aproveitar todas as oportunidades possíveis, sem esmorecer em meio às dificuldades, engajando-se sempre.

Profª. Ms. Marta Borges Maia, diretora da Uniguaçu