ESPAÇO CULTURAL: Rede Feminina de Combate ao Câncer – Casa Bebel II

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Atualizado há 7 anos

Desde o início dos trabalhos realizados em Porto União e União da Vitória, ainda nas décadas de 60 e 70 quando o assunto “Campanha Anual do Câncer” era discutido nas residências de senhoras da sociedade, voluntárias, num encontro que se denominou “Bola de Neve”, sempre existiu a preocupação de angariar recursos financeiros para auxiliar pacientes necessitados.

Diferentes iniciativas beneficentes foram colocadas em prática: chás, almoços, bazares, desfiles de moda, apresentações artísticas, leilões, etc, tudo planejado com carinho elaborado com desprendimento e solidariedade.

Nas duas cidades, pessoas voluntárias trabalhavam juntas pela mesma causa. Em 2003, com a presença da então presidente nacional da Rede Feminina de Combate ao Câncer, receberam elas, com alegria e esperança, a oficialização da Rede no município catarinense.

Na Sede, Casa Bebel, em 2004 reuniram-se em Assembleia Geral para eleição da Diretoria Executiva e Conselho Fiscal, para o bienio de 2004 a 2006, integrantes da Rede Feminina.

A partir de então foi eleita presidente a senhora Ana Luisa C. Lemos e após, reeleita consecutivamente para os biênios de 2006 e 2008.

Em 2006, tornou-se possível a ampliação da Sede graças a aquiescência do Departamento de Estrada de Rodagem do Estado do Paraná, com termo de cessão de uso, do imóvel vizinho, até então por ele ocupado. Nascia a Casa Bebel II.

Declarada de Utilidade Pública Federal em 2008, a Rede Feminina de Combate ao Câncer  definiu Departamentos e Setores para os diferentes atendimentos aos pacientes.

Uma reunião mensal da Diretoria Executiva, do Conselho Fiscal, dos Departamentos e Setores para um relato das atividades programadas e executadas destaca pontos considerados positivos ou, por ventura aqueles que necessitam de um feedback,  visando atender os objetivos da Rede.

O Departameto Assistencial com Setores de Visitas Domiciliares, de Costura, Rouparia e Almoxarifado, todos de apoio aos doentes e familiares, tem o controle de registros e informações feitos pelo Setor de Apoio ao Paciente, Organização e Controle. É o Setor que realiza o cadastro e estatísticas de dados das pessoas atendidas. Todo o serviço é informatizado.

O Setor de Rouparia e Almoxarifado organiza as doações e controla o estoque de roupas, calçados, empréstimo de cadeiras de roda, de banho, colchões, inaladores, enfim do material doado.

Há também um Setor de Assistência Espiritual e de Higiene Pessoal aos pacientes acamados, quando necessário. Sem discriminar culturas e credos é o trabalho solidário a persistir.

O Departamento Educacional organiza e participa de campanhas, cursos, palestras informativas e educacionais. É integrado por voluntárias, acessoradas por médicos, psicólogos, assistentes sociais e dentistas, sempre procurando atingir os objetivos da Rede Feminina de Combate ao Câncer.

A Fisioterapia constitue-se em trabalho exercido por profissional que presta atendimento aos pacientes com disfunções fisicas ou funcionais, consequência ou não do tratamento quimioterápico e cirúrgico.

A responsabilidade pela realização de eventos sociais e beneficentes cabe ao Departamento Social. Tem no Setor de Costura o auxilio para angariar recursos financeiros, através da confecção de artesanato em geral, vendidos nos bazares e nas feiras.

O Atendimento Psicológico aos pacientes e seus familiares é feito por profissionais voluntárias que prestam sua colaboração para com a Rede Feminina de Combate ao Câncer.

Em 2009, realizadas as eleições para dirigir a Rede Feminina foi eleita presidente a senhora Georgia Ahmaracy Kürten dos Passos Shwegler e após reeleita para o biênio até 2011.

Nesse período a necessidade de ampliar o espaço da Sede, para os fundos do terreno, devido a grande quantidade de doações que precisam de espaço onde são recolhidas e após triagem, reparadas naquilo que se faça necessário, feito esse trabalho vão até passar para o bazar permanente instalado na Casa Bebel II.

Ali os mais variados artigos como roupas pessoais, de mesa e banho, calçados, bolsas, artigos para decoração e outros são vendidos  para a população a baixo custo. Fato que muito contribui para a manutenção e funcionamento da Rede.

A presidência do biênio 2014 – 2016 está sendo exercido, pela senhora Márcia Regina Caos Martins. Trabalho exaustivo, mas entusiasmado que leva as mulheres de rosa, como são conhecidas pela população, a se fazerem presentes nas diferentes ocasiões, para bem representarem a Rede Feminina de Combate ao Câncer. Sejam eventos para os quais são convidadas, frequentando cursos e fóruns de atualização para os trabalhos a realizar ou transmitindo ensinamentos à equipe de voluntários e a população, seja visitando ou encaminhando pacientes, levantando dados, seja atendendo uma escala de plantonistas ou envolvendo-se em outras campanhas da comunidade pró prevenção da saúde em geral.

Com a inauguração da Unidade Oncológica, na rua 13 de Maio, em Porto União, dia 31 de agosto de 2004, o atendimento de equipes voluntárias com escala para o horário de trabalho diário, para lá estendeu-se.

São as mulheres de rosa, cor escolhida para uniformizá-las pois se associa culturalmente ao feminino, se relaciona também com o símbolo do coração e expressa o companheirismo. A flor vermelha também tem sua motivação para ser usada no logotipo da Rede. É uma cor que simboliza boa sorte, profundo amor e carinho.

Desde os longínquos anos quando o assunto “Campanha Anual do Câncer” era o mote das reuniões, quanta coisa a mais em relação ao conhecimento e ao tratamento do câncer, mal temido a tal ponto que as pessoas evitavam usar o vocábulo da doença.

No próximo ano no biênio 2017 – 2019, já realizadas as eleições para uma nova diretoria foi escolhida a Senhora Georgia Ahmaracy Kürten dos Passos Shwegler que novamente assumirá a presidência.

É mais um ano que chega, com o carinho, o desprendimento, o entusiasmo e a esperança de todas as voluntárias que se empenham para manter viva uma chama que previna e cure a doença. Se é ela o mal do século XX que a luz a se acender nos próximos anos chegue para o avanço da tecnologia, o progresso da ciência e acima de tudo a compreensão e o respeito para com aqueles que sofrem. Que ela ilumine o coração de todas as pessoas para a disposição de um trabalho voluntário.