Opinião 26 de setembro: Dia Nacional do Surdo

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Atualizado há 8 anos

Em comemoração ao Dia Nacional do Surdo (Lei Federal 11. 796/2008) a Apadaf estará realizando atividades pedagógicas referentes ao Setembro Azul em parceria com diversos segmentos da sociedade engajadas nesta causa que trata da surdez e suas implicações. Sentimo-nos no dever de difundir, sensibilizar e mobilizar a sociedade sobre a importância de se respeitar a forma de comunicação do surdo, sua cultura e porque não dizer, a sua história enquanto minoria linguística na busca de direitos que lhe são inerentes. Importantes vitórias foram alcançadas como a oficialização e regulamentação da Libras – Língua Brasileira de Sinais, acessibilidade a qualquer tipo de informação e novas oportunidades de trabalho mas sabemos, ainda há muito por se fazer.

Para a comunidade surda, a data de 26 de setembro é muito importante, pois em 1857 foi criada a primeira Escola de Surdos no Brasil na cidade do Rio de Janeiro. Na época, o Imperador Dom Pedro II convidou o professor Surdo Huet, da França, para vir ao Brasil para lecionar aulas para crianças surdas no prédio que se chamava Instituto Imperial de Surdos-Mudos, hoje INES – Instituto Nacional de Educação de Surdos. O professor lecionava em Língua de Sinais Francesa, que influenciou diretamente na construção da Língua Brasileira de Sinais. O INES atualmente é uma Escola Bilíngue para Surdos com apoio do Governo Federal.

Os surdos conquistaram o reconhecimento da Lei de Libras como uma língua natural registrado na Lei Nº 10.436 de 24 de abril de 2002 e Decreto 5.627/2005 respeitando os valores da Linguística e Cultura dos Surdos como primeira Língua dos Surdos e a Língua Portuguesa na modalidade escrita como segunda.

A Apadaf vem ao longo dos anos, por meio de parcerias e convênios, promovendo ações embasadas, unificando propostas em torno da Causa que ajuda na formação de uma sociedade mais justa e igualitária visando o melhor para os surdos no tripé Saúde, Educação e Assistência Social.

Sandra Mara Paulichen Wimmer é diretora Pedagógica da Apadaf

Você sabia que…

O Brasil é um dos campeões mundiais na frequência de perda auditiva…

Som alto, explosões e fones de ouvido podem causar perda irreversível da audição…

Quem ouve é o cérebro! O som que chega a orelha e a partir daí se propaga através de ondas sonoras que são transformadas em sinais elétricos que percorrem o nervo da audição para levar o som até o cérebro.

O ouvido humano detecta de 20 a 20000 Hertz, ou seja, desde o mínimo barulho de um pernilongo á noite até um avião a jato!

O cerúmen (a popular cera) não é sujeira, mas sim parte de um importante mecanismo de defesa do canal do ouvido contra infecções bacterianas e fúngicas.

O uso de hastes flexíveis (cotonetes) na parte interna do canal da orelha pode causar lesões e infecções…

Dar mamadeira quando o bebê está deitado aumenta a chance de a criança ter otites, que são as infecções de ouvido, pois o leite pode refluir para o ouvido através da chamada tuba auditiva.

Nunca tomar remédio sem receita médica, pois o que pode ser cura para uma pessoa pode ser veneno para outra e causar sérios problemas, inclusive a Surdez.

Na dúvida, procure um médico especialista ou entre em contato com a APADAF, pois temos equipe pronta para lhe atender e se necessário, fazer os devidos encaminhamentos.