Abrindo o ‘baú’ de vime em União da Vitória

Alzi Sérgio Carbonar está há 39 anos comercializando artesanato de vime, chapéus e vassouras de palha. A empresa está desde a sua fundação no mesmo lugar; na rua Carlos Cavalcanti

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Atualizado há 4 anos

VIME
A pintura borrada pela passagem do tempo demonstra a tradição de Alzi em expandir o comércio deixado pelo pai Sérgio. (Fotos: Wannessa Stenzel)

Em meio ao avanço da linha do tempo, com prédios modernos, movimento de carros e pedestres, o local passa quase despercebido. Há 39 anos, Alzi Sérgio Carbonar comercializa artesanato de vime, chapéus e vassouras de palha. A empresa está desde a sua fundação no mesmo lugar; na rua Carlos Cavalcanti, nº 420, centro de União da Vitória. A fachada é a mesma de anos atrás. A pintura borrada pela passagem do tempo demonstra a tradição de Alzi em expandir o comércio deixado pelo pai Sérgio.

No local, tudo começou com um armazém. Depois, foram incluídos artesanatos confeccionados pela família Alzi e de artesãos do Rio Grande do Sul. “Eu cresci atrás desde balcão e vou morrer com um vime na mão”, descontrai Alzi.

Alzi está com 66 anos de idade. A loja leva o seu nome. De acordo com ele, mesmo diante da modernidade dos utensílios domésticos, o vime ainda está entre os itens decorativos mais procurados pela população. “Tem muita gente que compra para levar para outras cidades, em especial os turistas”.

O vime

Na Antiguidade alguns escudos chegaram a utilizar este material, como no batalhão persa dos Imortais. Referências documentais dão conta de sua existência no Antigo Egito e seu uso é sugerido como tendo se expandido na Idade do Ferro, com grande influência no desenvolvimento da arte Céltica.

O vime esteve presente nos primeiros protótipos de balões e aviões, por seu baixo peso e resistência; nos balões, até em tempos atuais, é um dos materiais com os quais são confeccionados os cestos em que seguem os passageiros.