EXPOSIÇÃO: Mostra resgata memória ferroviária do Vale do Iguaçu

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Atualizado há 6 anos

(Foto: Mariana Honesko).
(Foto: Mariana Honesko).

Você andou de trem? Conheceu a Maria Fumaça de União da Vitoria? Não? Bom, então talvez uma visita à exposição, ‘Oí, oí o Trem’, da artista plástica, Maria da Gloria Montserrat Canfied possa te causar uma agradável surpresa e, quem sabe, te levar para um tempo mais tranquilo, onde os apitos e os vapores das máquinas faziam parte do cotidiano.

Essa é a intenção da artista, integrante da Associação dos Artistas Plásticos Amadeu Bona. “É uma exposição em homenagem aos ferroviários, à memória da Maria Fumaça e aos cem anos e Porto União”, sorri a autora das 44 telas que compõe a mostra.

A exposição está na Havan e pode ser apreciada até o dia 23, próxima segunda-feira, dentro do horário de funcionamento da loja. A entrada é gratuita.

Nome da mostra é uma referencia à musica de Raul Seixas

A expressão, ‘Oí, oí o Trem’, está nos primeiros versos da música Trem das 7, de Raul Seixas. A canção está no disco, Gita, de 1974. O cantor, Zé Ramalho, regravou a música em 1995.

Iphan relata a história da ferrovia do Brasil

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em sua página, faz um breve resumo sobre o tema. Conforme a publicação, a história da ferrovia no Brasil começa m 30 de abril de 1854, com a inauguração, por D. Pedro II, do primeiro trecho de linha, a Estrada de Ferro Petrópolis, ligando Porto Mauá à Fragoso, no Rio de Janeiro, com 14 km de extensão. Mas a chegada da via à Petrópolis, transpondo a Serra do Mar, ocorreu somente em 1886.

As dificuldades e desafios para implantar estradas de ferro no Brasil eram muitos. Procurando atrair investidores, o governo implantou um sistema de concessões, que se tornou característico da política de infra-estrutura do período imperial. Entre o final do século 19 e início do século 20 os recursos, sobretudo dos britânicos, alavancaram a construção de linhas férreas.

A expansão ferroviária, além de propiciar a entrada de capital estrangeiro no País, tinha também o objetivo de incentivar a economia exportadora. Desta forma, as primeiras linhas interligaram os centros de produção agrícola e de mineração aos portos diretamente, ou vencendo obstáculos à navegação fluvial. Vários planos de viação foram elaborados na tentativa de integrar a malha ferroviária e ordenar a implantação dos novos trechos. Mas, nenhum deles logrou 3 em função da política de concessões estabelecida pelo governo brasileiro.