Marchinhas tradicionais de carnaval estão saindo de cena

De acordo com a representante cultural, Therezinha Wolff, as letras pregam diversão e não desrespeito ao próximo

·
Atualizado há 7 anos

TW
Therezinha Wolff: “As marchinhas clássicas já não são mais tocadas”. (Foto: Wannessa Stenzel)

Therezinha Wolff sabe na ponta da língua as marchinhas que marcaram a história do carnaval. Porém, segundo a representante cultural aqui do Vale do Iguaçu, esses clássicos musicais da festa estão perdendo espaço para ritmos como axé, pagode, sertanejo e até o internacional. O que entristece Therezinha é exatamente isso: as saídas de algumas marchinhas do repertório carnavalesco.

O Carnaval deste ano promete uma mistura de estilos musicais bem diferente de anos anteriores. “O que eu percebo é que as marchinhas deixaram os palcos e, no lugar, entram ritmos como funk, entre outros. As marchinhas clássicas já não são mais tocadas. A ‘molecada’ não quer mais saber. Só quem tem acima de 30 anos é que conhece”, conta.

Therezinha explica que recentemente várias polêmicas tomaram o carnaval de rua de várias cidades brasileiras. Com letras consideradas politicamente incorretas, antigas marchinhas, como “Maria Sapatão”, “O teu cabelo não nega” e “Índio quer apito” começam a sair do repertório de alguns blocos, como forma de protesto contra mensagens consideradas machistas e preconceituosas. “Agora ao que me parece é que tudo é considerado bullying. A questão é delicada. Que pena! ”.

As 10 marchinhas de carnaval mais famosas

Entre as mais tocadas no Carnaval já estiveram: Saca Rolha; Turma do Funil; Mamãe eu quero; O teu cabelo não nega; Abre Alas; Aurora; A Pipa do Vovô; Maria Sapatão, entre outras.