Brasileiro busca renda extra e qualificação

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Atualizado há 9 anos

Segundo o estudo Retratos da Sociedade Brasileira – Mercado de Trabalho, divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), a população brasileira tem percebido a crise pela qual passa o país. De acordo com o levantamento, 86% concordam totalmente ou em parte com a frase “O Brasil está vivendo uma crise econômica”, enquanto 11% discordam total ou parcialmente com a afirmativa.

Diante do cenário atual, quase metade da população informou ter buscado trabalho extra para complementar a renda, e 24% buscaram estudo a fim de se qualificar e diminuir o risco de perder o emprego. Para a pesquisa, foram entrevistados, entre os dias 18 e 21 de julho, 2002 pessoas em 141 municípios.

Na avaliação de 66% dos entrevistados, a situação econômica do país é “ruim ou péssima”. Se comparado ao índice apresentado em setembro de 2013, houve aumento de 13% para 22% entre os que consideram a situação como ruim, e de 8% para 44% entre os que a consideram péssima. Essa avaliação negativa sobre a economia brasileira é maior na Região Sudeste, onde 71% dos entrevistados consideram a situação atual ruim ou péssima. Nas regiões Sul e Nordeste, essa avaliação é compartilhada por 63% das pessoas em cada uma, e no Norte e Centro-Oeste, por 60% nas duas (que foram avaliadas em conjunto).

Para 59% dos entrevistados, o desemprego “aumentou muito” nos últimos 12 meses. Este percentual vai a 67% caso se inclua os que afirmam que o desemprego apenas “aumentou”. O Sudeste é a região que mais percebe esse aumento (84%); enquanto no Nordeste este índice cai para 69%. Na avaliação de 71% dos entrevistados, o desemprego vai aumentar nos próximos seis meses – para 36%, vai aumentar “muito”; e para 35% aumentará.

A piora no mercado de trabalho ficou mais evidente entre os 44% dos entrevistados que tiveram alguém da família demitido nos últimos 12 meses. Essa percepção, no entanto, é menos intensa em municípios menores. De acordo com a pesquisa, nos municípios com até 20 mil habitantes, 34% dos entrevistados têm alguém da família que perdeu o emprego no último ano. Nos municípios que têm entre 20 mil e 100 mil habitantes, esse percentual sobe a 44%. E nos com mais de 100 mil habitantes, chega a 46%.