Curitiba é a capital com maior número de endividados

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Atualizado há 7 anos

Curitiba, a Capital brasileira com maior proporção de famílias endividadas por três anos consecutivos, registrou taxa de endividamento de 89,6% em setembro. Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), apurada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e divulgada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR). A média nacional ficou em 58,4%.

Houve redução em comparação com agosto, quando o percentual era de 9,9%, e elevação em relação a setembro de 2016, quando 89,1% das famílias paranaenses possuíam algum tipo de dívida.

Com 27,8%, a concentração das contas e atraso teve queda no Estado. A falta de condição de pagamento também melhorou e passou de 11,1% em agosto para 9,7% em setembro.

No Paraná, a maior concentração de dívidas está nas famílias de maior poder aquisitivo, com 93,5%, justamente pela maior capacidade de compra. Nas famílias com renda de até de dez salários mínimos, o índice de endividamento foi de 88,8%.

No entanto, a dificuldade para pagamento em dia das contas é mais evidente entre classes C, D e E, nas quais 31% das famílias estavam com dívidas em atraso e 11,6% admitiram que não conseguirão pagá-las, permanecendo inadimplentes. Já nas classes A e B, os casos de atraso foram de 12,4% e a impossibilidade de pagamento atingiu apenas 2,9% dos consumidores.

As dívidas

O cartão de crédito representou 69,8% dos motivos de endividamento em setembro. Houve uma pequena elevação em relação ao mês anterior, quando os cartões concentravam 67,5% das dívidas das famílias paranaenses.

O financiamento imobiliário foi um dos indicadores responsáveis pelo aumento no número de famílias endividadas, visto que até o mês de julho essa modalidade de crédito era utilizada por 8,3% dos consumidores e subiu para 11,2% em julho e ficou em 11,1% em setembro.

O financiamento de veículos correspondeu a 10,2% das dívidas em setembro, sendo mais utilizado pelas famílias com renda até dez salários mínimos, com 10,7%, ante 8,2% nas famílias com renda superior.