Sabe aquele começo, onde o casal troca entre si olhares apaixonados e no Dia dos Namorados, ursos enormes, quase maior que eles mesmos? Pois é. Parece que o jogo virou. A análise é do pós-data, avaliada pelos lojistas do Vale do Iguaçu nessa semana. As compras tiveram um acréscimo na comparação com o ano passado, algo em torno dos 7%, segundo uma avaliação preliminar feita pelos empresários ligados à Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) local. “Ficamos bastante contentes. Foi algo representativo”, confirma o empresário, Silvio Iwanko, do Conselho Fiscal da entidade.
Outra análise já adiantada pelos lojistas, é quanto ao perfil de compra. Agora, no lugar das lembrancinhas, tem muito mais saída artigos de utilidade, como pantufas, sapatos e roupas. Moveis e eletroeletrônicos, também tiveram boa procura no dia 12 e na véspera da data. “O pensamento é assim, de cuidar do dinheiro mesmo”, comenta Iwanko. E esse racicionio moldou até os jovens casais. Mais envolvidos com o relacionamento, aproveitaram as promoções e investiram em joias e anéis de compromisso.
Que venham as férias de julho!
Para o comércio, antes do Dia dos Pais, o primeiro ‘evento’ se chama férias. Portanto, para o próximo mês, os lojistas apostam na venda de mochilas, malas, roupas e brinquedos. Aliás, os brinquedos e especialmente os jogos, também são bastante procurados em tempo de descanso escolar. Pais interessados no entretenimento dos baixinhos, investem nas distrações.
Brasil comemora sozinho
Diferente de outras partes do mundo onde o Dia dos Namorados é comemorado em 14 de fevereiro, no dia de São Valentim, o Brasil celebra a união amorosa no dia 12 de junho, véspera do dia de Santo Antônio, o santo casamenteiro da Igreja Católica. É uma espécie de vigília pelo dia do santo.
Além da proximidade com o dia de Santo Antônio, invocado por quem quer achar coisas perdidas, ter filhos ou conseguir um amor, há outra hipótese para a escolha da data no Brasil: uma ação de marketing. Segundo essa versão, o pai do atual prefeito de São Paulo, cujo nome também era João Doria, teria criado a data para incrementar as vendas de uma rede de lojas quando era diretor de uma agência de publicidade, em 1949.
Se essa versão é verdadeira ou não, o fato é que o Brasil comemora a data sozinho. O dia mais comum, 14 de fevereiro, que também celebra a demonstração de afeto entre amigos, remonta a um festival romano que celebrava a fertilidade, marcando o início da primavera.
Além disso, 14 de fevereiro é a data de morte do bispo Valentim, que celebrava casamentos apesar da proibição do imperador Cláudio II. Descoberto, Valetim foi condenado à morte e, enquanto estava preso, teria recebido flores e bilhetes de pessoas que diziam acreditar no amor.