DIA DOS PAIS: Vendas são semelhantes ao ano passado

Avaliação é dos diretores da CDL local. De novo, roupas e calçados são maioria entre os presentes

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Atualizado há 8 anos

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Embora calorzinho do sábado ajudou na movimentação da comunidade, vendas para os papais não superaram os números de 2015. (Foto: Mariana Honesko).

Depois de um final de semana agitado, os diretores da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) avaliaram as vendas do Dia dos Pais, lembrado no domingo, 14. A conclusão é de que as negociações foram bastante parecidas com a edição do ano passado da data. Algumas lojas, contudo, tiveram um pequeno acréscimo nas vendas.

Este “empate”, para os diretores, já é tranquilizador. “Isso já é positivo porque estamos nessa indefinição política e econômica. Se ficou igual ao ano passado, já estamos bem”, afirma o presidente da entidade, Luciano Karpovisch.

E, como foi em 2015, a linha do vestuário e dos calçados foi a mais vendida. Primeiro, pela certeza de que este tipo de presente agrada. Depois, porque vários estabelecimentos do gênero aproveitaram a data para liquidar parte dos seus estoques de inverno. “Isso interferiu na escolha do presente. Muitos aproveitaram para dar uma camisa, um par de chinelos, sapatos”, comenta Karpovisch.

No País, registro é de queda

Embora mostrem percentuais diferentes, os indicadores Boa Vista SCPC e o Serasa compartilham da análise de que neste ano as vendas para o Dia dos Pais caíram, na comparação com 2015, e ocupa o ranking de pior resultado desde 2005. Para o Boa Vista, o recuo foi de 5,2%. O Serasa fala em 8%.

De novo, ambos concordam no entendimento dessa queda: menor poder de compra, por conta da escalada do desemprego, da inflação ainda em patamar elevado e do crédito mais caro e escasso. “Nenhum pai racional comemora seu dia pensando no presente que ganhará, mas todos desejariam haver passado o 14 de agosto apostando num futuro melhor para o país e para seus filhos do que aquele que vem se desenhando. Ainda todos temos esperança de que os índices comecem a melhorar”, comenta o consultor de empresas Álvaro Concha.

O “desabafo” é, para ele, resultado de uma onda de más notícias na área econômica. “Os números estão sendo desfavoráveis, e não foi diferente no Dia dos Pais, considerado por alguns como o “dia mundial da ligação a cobrar””, brinca.

Lupa

Os dados dos indicadores permitem entender melhor o que ocorreu na data. Conforme a Serasa, por exemplo, as vendas tiveram queda de 8,8% em todo o território nacional entre a semana de 8 a 14, em comparação com o mesmo período do ano passado, amargando a segunda queda desde que o indicador foi iniciado, em 2005. Segundo o estudo no final de semana, entre os dias 12 a 14, a queda foi de 8,7%.

O Boa Vista, em parceira com a Fecomércio de São Paulo, mostra que as vendas caíram o equivalente a R$ 4,3 bilhões, ou quase 11% em relação ao mesmo período no ano passado.