PÁSCOA: Surpreendendo previsões, vendas são aquecidas no Vale do Iguaçu

Supermercadistas confirmam boa saída do chocolate e produtos para ceias e almoços. No Paraná e Santa Catarina, resultados também são positivos

·
Atualizado há 6 anos

Vendas superaram expectativas, embora compra de estoque tenha sido menor
Vendas superaram expectativas, embora compra de estoque tenha sido menor

A Páscoa deste ano caiu em uma data que pouco animava os supermercadistas. É que no final e começo de mês, em geral, nem todos os trabalhadores já têm o salário em mãos. Na verdade, a Páscoa exigiu pé no freio ainda mais cedo, para garantir a compra do chocolate, por exemplo, dias antes da chegada do coelhinho. Mas, contrariando as previsões, a data surpreendeu. E vendeu muito bem.

No Vale do Iguaçu, embora a Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) não tenha feito nenhuma campanha em conjunto para a data, informações individuais de alguns empresários comprovam o resultado positivo. Houve registro de crescimento nas vendas do chocolate – produto mais procurado para a data – e também nos alimentos típicos da Páscoa, como o amendoim (para o recheio das tradicionais casquinhas), o peixe e produtos para a sobremesa. “Para mim foi uma data boa, porque era um final de semana de uma venda menos expressiva. Mas as pessoas compraram, foi interessante”, confirma o gerente do Supermercado Reviwer, Alessandro Weber. “No meu estoque, praticamente vendi tudo. Foi muito melhor que o ano passado”, completa, mesmo ressaltando que neste ano, a compra especialmente de chocolates para a data foi 30% menor que 2017.

O empresário Silvio Iwanko, das Casas Estrela, não trabalha com a venda de doces ou outros alimentos. Mas, até mesmo o segmento do vestuário e dos brinquedos teve boa saída, conforme ele. “Vendeu bem. Na verdade, estamos vendendo bem nestes primeiros meses do ano. Abril é que começou mais lento”, visualiza.

Nos estados do Paraná e de Santa Catarina, as vendas para a data mostram que a comunidade está retomando o hábito das compras, até mesmo de produtos mais caros e sazonais, como são os ovos de Páscoa, por exemplo.

No lado catarinense, a comprovação está no levantamento realizado há poucos dias pela Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de SC (FCDL/SC) nas 20 cidades de maior potencial de consumo, logo após a data, que apontou crescimento de 4,47% na comparação com o mesmo período do ano passado e tíquete médio de R$ 150.

As vendas foram semelhantes ou tiveram ampliação na percepção de 67,25% dos empresários. O resultado confirma a previsão divulgada duas semanas antes da Páscoa, em que a maioria dos empresários previa vendas iguais ou melhores. O valor do tíquete médio superou as expectativas, visto que a maior parte dos consultados aguardava que o valor fosse de até R$ 100.

No Paraná, o percentual de aumento é um pouco inferior ao estado vizinho, porém, igualmente crescente. Dados da Boa Vista SCPC divulgados pela Associação Comercial do Paraná (ACP) mostram que neste ano, as vendas do comércio para a Páscoa cresceram 3,2% quando comparadas ao mesmo período do ano anterior. Em 2017 as vendas haviam apresentado crescimento de 2,2%, após a forte retração de 5,8% em 2016.

A Páscoa é a primeira data comemorativa do ano e, por isso, refletiu a recuperação já em andamento no comércio varejista desde o ano anterior. Com a perspectiva de melhoria do cenário econômico, com redução na inflação e nos juros, e recuperação do mercado de trabalho, o comércio deve continuar em tendência de alta. A perspectiva é que as próximas datas comemorativas confirmem essa tendência.