Eles vão ganhar presentes. E vão ganhar presentes mais caros que o ano passado. Estas são algumas das análises feitas pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio/PR) e divulgadas em sua página oficial. Conforme a pesquisa, o valor dos presentes, em média, será de R$ 79,53. Em 2016, o valor médio foi de R$ 75.
Por outro lado, os paranaenses estão menos propensos a presentear no próximo dia 12 de outubro. Neste ano, 57,6% dos consumidores presentearão uma ou mais crianças. Em 2016, 62% tinham essa intenção e em 2014, essa vontade chegou aos 82%.
De modo geral, o valor do presente contribuirá para compensar a redução na intenção de compra, o que deve manter as vendas praticamente no mesmo patamar do ano passado.
Não tem jeito: os brinquedos são a preferência entre os presentes, para 55% dos entrevistados. Na sequência, aparecem os sapatos e roupas, com 25%. Eletrônicos como tablets, celulares e videogames representam 8% das intenções de compra. Há também quem irá optar por presentear a criança com o dinheiro, somando 3%. Para não gastar além do planejado, os entrevistados sinalizam que não devem estar acompanhados dos pequenos no momento da compra. Em 78,4% dos casos, os próprios adultos escolherão o que comprar, sem deixar a decisão por conta dos homenageados da data.
Sobre a forma de pagamento, o estudo da Federação mostra que 48% dos paranaenses devem pagar à vista, em dinheiro. Outros 20% dizem que o pagamento será no vencimento do cartão de crédito e 16% no cartão de débito. Apenas 16% devem parcelar a compra no cartão de crédito e 1% ainda não decidiu qual será a forma de pagamento.
O comércio de rua será o local preferido para as compras, sendo que 33% dos consumidores pretendem comprar em lojas no centro da cidade e 28% em lojas de bairro. Os que preferem fazer suas compras em shoppings centers representam 23%. Já os que planejam comprar pela internet chegam a 10%. Outros 3% devem optar pelo comércio informal e 1% fará a compra do presente em hipermercados.
No Vale do Iguaçu
Conforme o empresário, Silvio Iwanko, membro da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de União da Vitória, os comerciantes no Vale do Iguaçu estão otimistas. O sentimento é reflexo do sucesso contabilizado na Semana do Consumidor, realizado na primeira quinzena do mês.
Para o Dia das Crianças, de novo, a animação já contagia a compra dos estoques desde há algum tempo, a decoração das vitrines. “É uma data que faz a alegria dos nossos filhos, da criançada”, diz. A expectativa é de crescimento de 6 à 7% em relação ao ano passado. “Isso ocorreu na Semana do Consumidor e o lojista espera isso também para o Dia das Crianças. A gente se sente meio na obrigação de dar um presente e isso alavanca as vendas. Tenho certeza de que os lojistas que trouxeram bons produtos e oferecer bons descontos, vai ter ótimo resultado”, afirma. Para a região, além dos brinquedos, a venda de toda a área do vestuário e até moveis – a data pode ser uma boa hora para mudar o quartinho da criança – deve acontecer. “Unindo o útil ao agradável, os pais dosam o que é interessante, mas nenhum deles vai deixar de dar algo para os filhos, que a gente tanto ama”, sorri.
A CDL não divulgou ainda mas deve estender o horário de atendimento no comércio na véspera do Dia das Crianças que neste ano caiu em uma quinta, 12 de outubro.
Em Santa Catarina, Fecomércio ainda não tem balanço
No Estado, os dados deste ano sobre a intenção de compras para o Dia das Crianças ainda não foram computados. Contudo, se o catarinense se comportar como em 2016, a atitude de compra será mais conservadora. É o que mostrou no ano passado a Federação. “A incerteza sobre o cenário econômico nacional ainda tem forte influência no comportamento do consumidor catarinense. A atitude dos clientes do varejo nas compras para o dia das crianças foi mais conservadora e o reflexo disso está no valor do tíquete médio apurado pela pesquisa da Fecomércio/SC e da Federação das CDLs de SC: R$129,81 – retração de 9,7% no comparativo com a mesma data no ano passado”, apontou, no pós-data, matéria sobre o assunto.
A retração também interferiu na contratação temporária e na forma de pagamento das compras.