APP-Sindicato rememora o dia fatídico da “turma do camburão”

Ontem fez um ano em que a categoria ocupou a Assembleia Legislativa e impediu a votação do “pacotaço”

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Atualizado há 8 anos

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(Fotos: Bruna Kobus).

A APP-Sindicato de União da Vitória ocupou a praça Alvir Riesemberg na manhã de ontem para relembrar as ações que levaram professores a ocuparem a Assembleia Legislativa do Estado do Paraná (Alep) em 12 de fevereiro do ano passado. A ocasião era a segunda ocupação realizada pela categoria e levou 13 deputados estaduais entrarem na Casa de camburão e com escolta armada. A tentativa – diga-se de passagem falha e exagerada – gerou revolta entre os manifestantes e na maior parte dos paranaenses que apelidaram os legisladores de “turma do camburão”.

Ontem as fotos de cada um dos deputados estavam expostas em um cordão de fotografias pela Praça. Nele também estavam fotos do dia em que polícia entrou em confronto com manifestantes na capital. Outro resultado da grande greve realizada pelos professores em 2015.

Dezenas de professores que participaram dos atos estiveram presentes na ação desta sexta-feira. Em diversos momentos da manhã representantes da APP-Sindicato e líderes de movimentos sociais se punham a falar em um microfone que estava no centro da praça. De todos o discurso era unânime. Passado um ano de toda a movimentação a categoria ainda não concorda com os ritos que vem sendo instituídos para a Educação no Estado.  “Hoje (ontem) 12 de fevereiro é uma data importante e simbólica para categoria, não só para professores, mas para servidores públicos”, comentou Salete Tonon, presidente da APP-Sindicato de União da Vitória. “Desde o dia 9 até o dia 12 deste mesmo mês, no ano passado, a gente decidiu em assembleia em Foz do Iguaçu que estaríamos fazendo mobilizações no Estado todo com adesivaços para relembrar de como foi o início de nossa greve. Também foi a segunda vez que ocupamos a Alep para impedir o pacotão, e foi quando alguns deputados entraram de camburão na Assembleia”, relembra Salete.

 

Pacotaço

Um conjunto de medidas que tinha por objetivo resolver problemas financeiros da administração estadual. As propostas foram divididas em dois projetos de lei e envolviam cortes de benefícios do funcionalismo, alterações na previdência estadual, dentre outras mudanças.