Em votação apertada, professores decidem manter greve no Paraná

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Atualizado há 7 anos

Em assembleia neste sábado (22), professores da rede estadual de ensino decidiram, em votação apertada, manter a greve que começou na segunda-feira (17).

A maioria, com mais de 724 votos dos presentes, decidiu não aceitar a proposta feita pelo governo do Paraná, de suspender a emenda ao projeto de lei que adiaria o reajuste do funcionalismo estadual, previsto para janeiro.

Outros 719 professores votaram pelo fim da greve, mas foram vencidos. A assembleia na assembleia no ExpoUnimed, em Curitiba, começou às 9h30 e terminou às 13h15.

A APP-Sindicato colocou como condição para o diálogo a retirada da emenda do projeto de lei. A emenda suspendeu a promessa de reajuste que terminou com a greve do ano passado. O acordo era que o governo pagaria a reposição inflacionária, acrescida de 1%, no início de 2017.

O governo do Estado se comprometeu a suspender a tramitação do projeto na Assembleia Legislativa, mas disse que teme não ter dinheiro em caixa para honrar o compromisso e queria adiar o reajuste.

Uma assembleia no dia 12 de outubro decidiu pela greve, que começou na segunda-feira (17). Ônibus com caravanas de várias partes do Paraná vieram a Curitiba para a votação.

O Estado tem 78 mil professores e 31 mil funcionários da Educação, com 1 milhão de estudantes distribuídos em 2,1 mil escolas. Segundo a APP-Sindicato, a adesão à greve ultrapassa 70% dos professores do Estado.

O balanço mais recente da Secretaria de Estado da Educação, da quarta-feira passada, afirma que 55% das escolas estavam funcionando. Além da greve, o Paraná tem 850 escolas ocupadas por estudantes que protestam contra medida provisória do governo federal que reforma o Ensino Médio.

Policiais

Policiais civis do Paraná também vão continuar em greve. A proposta do governo de retirar de tramitação o projeto que suspende o reajuste salarial dos servidores públicos foi dada na quinta à tarde.

Para o sindicato que representa os policiais civis, a paralisação continua porque existem outras reivindicações. Entre elas estão a reposição dos coletes à prova de balas, o aumento do efetivo e o fim do desvio de função, quando o policial precisa cuidar dos presos em delegacias.

Além dos professores, funcionários da Educação e Policiais Civis também paralisaram as atividades na última segunda-feira (17).

O chefe da Casa Civil, Valdir Rossoni, declarou que o acordo foi tratado com o Fórum das Entidades Sindicais do Paraná, que reúne 22 sindicatos. No entanto, o Sinclapol alega não fazer parte desse grupo. Por este motivo, não participou da reunião de quinta-feira e aguarda uma negociação com o governo estadual.

Matéria Paraná Portal