Empresa abandona obra de Cemei em União da Vitória

Prefeitura de União da Vitória vai acionar judicialmente a empresa que deveria ter construído o Centro Municipal

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Atualizado há 6 anos

(Foto: Divulgação).
(Foto: Divulgação).

Alunos que deveriam estar estudando no Centro Municipal de Educação Infantil (Cemei) do bairro Bom Jesus estão divididos em outros centros, pela falta do prédio que deveria estar pronto e funcionando desde o ano passado. Mas o prédio não foi construído e a empresa responsável pela obra abandonou o serviço. De acordo com a prefeitura de União da Vitória, o local deveria estar atendendo cerca de 400 crianças com idade de zero a cinco anos. No entanto, só teve pouco de área construída no ano passado. Antes disso, as obras transcorreram em ritmo lento.

A obra, localizada na rua Braulina Pigatto, no Bairro Bom Jesus, teve início em fevereiro de 2016 e deveria ter sido executada por empresa terceirizada, contratada por meio de processo licitatório que aconteceu ainda em 2015. O município fiscalizou o andamento dessa obra todos os meses por meio da Secretaria de Planejamento.

Durante uma vistoria da prefeitura, em dezembro de 2017, foi verificado que a empresa, além de abandonar a obra, também retirou os tapumes e banheiros do local. O município solicitou esclarecimentos para a empresa que até o momento não se pronunciou.  Sem mais o que fazer e com o diálogo encerrado, a administração de União da Vitória se manifestou dizendo que notificou a empresa e está tomando todas as medidas cabíveis a respeito. A autoridade pública municipal afirma que não obteve nenhum respaldo por parte da empresa.

O Secretário de Planejamento, Clodoaldo Goetz, confirmou que a empresa foi embora. “Depois da vistoria dia 21 de dezembro, nós notificamos a empresa, que disse que voltaria em janeiro deste ano. Voltamos a notificar agora em fevereiro e caso não retome o serviço, vamos abrir outra licitação para a conclusão da obra”. O secretário disse ainda que os cerca de 20% da obra que foi concluída foi paga para a empresa, faltando somente o pagamento por uma terraplanagem. Por sugestão da consultoria jurídica da prefeitura, os pagamentos estão suspensos.

O secretário também afirmou que a administração não acha justo que obra fique mais tempo parada porque as crianças do bairro estão sem creche.  Enquanto espera pela empresa inadimplente, a prefeitura avisa que vai concluir a obra o mais rápido possível, para atender a demanda e minimizar o déficit de vagas na estrutura municipal. Caso a empresa se recuse a voltar, além de ação na justiça, um outro certame vai possibilitar o término da obra.