Está marcada para esta quarta-feira, 13, uma greve de 24 horas dos professores públicos municipais de União da Vitória, para reivindicar reajuste salarial de acordo com o piso nacional da categoria. As aulas na rede municipal estão suspensas. Conforme o presidente do Sindicato do Magistério Municipal da região de União da Vitória, Marcio Utzig, 95% dos professores confirmaram que estarão de braços cruzados.
Para tanto, foi organizado um dia de manifestações na Praça Alvir Riesemberg, no centro da cidade, com início às 8h. À tarde, os professores promovem uma passeata até o prédio da prefeitura, na Rua Dr. Cruz Machado, com carro de som e cartazes pedindo o cumprimento das metas salariais de acordo com o piso.
O prefeito de União da Vitória se pronunciou, por meio de um aplicativo privado de mensagens, e disse que apesar de não dizer como vai resolver a questão ou se tem alguma contraproposta para os professores, defendeu que a situação tem de ser resolvida na base da conversa.
A reportagem do Jornal O Comércio (JOC) ouviu o líder sindical e o prefeito Santin Roveda. Na mesma linha, ambos defenderam a continuação do diálogo, mas Marcio Utzig alertou que as negociações não têm avançado.
JOC – Quais são as reivindicações dos professores?
Utzig – Queremos chamar a atenção da sociedade que nós não gostaríamos de ter chegado ao ponto de deflagrar uma greve, mas diante das circunstâncias, nos vimos obrigados a buscar nossa valorização. A decisão da greve foi tomada por meio de uma assembleia. Desde setembro de 2017 estamos dialogando com a prefeitura. Ano passado tivemos um reajuste de 6,21%, e ficou um remanescente de 1,36% para fechar o piso nacional da categoria.
JOC – E para o ano de 2018?
Utzig – A proposta que temos da administração hoje é de 1,50%. O MEC anunciou um avanço de 6,81% e isso tem de ser aplicado como um indexador na tabela. Senão a defasagem nos faz perder os avanços de aperfeiçoamento de cursos e a nossa tabela vai sendo corroída.
JOC – Tem alguma outra vantagem para a categoria?
Utizg – O prefeito fez uma proposta de conceder um auxílio alimentação de R$ 60. No entanto os professores optaram pela greve, neste primeiro contexto, por tempo determinado, ou seja, por um dia letivo.
JOC – E como fica esse dia em que os professores não estarão em sala de aula?
Utzig – Nós vamos repor. Segundo a Lei de Diretrizes e bases da educação, o ano letivo tem 200 dias, e o aluno não vai ficar no prejuízo. Vamos repor, conforme manda a lei.
O prefeito Santin Roveda também falou à reportagem:
JOC – Como o senhor avalia a greve dos professores?
Rov: Eu sou uma pessoa que sempre preza pelo diálogo, tenho certeza que conversando a gente se entende. Sempre defendi que os problemas têm de ser colocado na mesa, e vai ser assim com os professores, com os servidores públicos, que sempre se dedicam por União da Vitória.
JOC – O senhor acredita que a questão do reajuste será resolvida sem greve?
ROV – O primordial é o diálogo para que a gente consiga achar boas e saudáveis soluções para que nosso município realmente vá para a frente. Se a gente ficar politizando determinadas atitudes ou ficar fazendo a política do “quanto pior, melhor”, nós não vamos estar beneficiando a base da educação, ou o nosso município. Com certeza eu sei que vamos achar uma saída muito boa, dialogando com o sindicato dos professores.