Depois da segunda rodada de discussões entre APP Sindicato e o secretário chefe da Casa Civil, Eduardo Sciarra, na semana passada, professores decidiram por continuar em greve e entram na terceira semana de paralisação. Conforme a categoria, mesmo com o avanço nas negociações, a pauta ainda não foi atendida em sua totalidade.
São 65 mil professores e 27 mil funcionários de escolas estaduais que continuam em greve e seguirão, caso o Governo não atenda seus pedidos. Em comunicado, o Sindicato apontou os motivos da continuidade. Entre eles estão a nomeação de concursados, revogação da normativa que suspende a licença-prêmio e, o principal, pagamento de atrasados. “A greve de resistência pela manutenção de direitos historicamente conquistados é um verdadeiro exemplo de cidadania à mães, pais, estudantes e sociedade em geral. A força da categoria já apresenta conquistas: o recuo do governo ao retirar os projetos de lei que retiravam direitos dos(as) servidores(as) e a reabertura da negociação com o sindicato, são exemplos disso. Porém é necessário avançar mais. Vários pontos da pauta da greve ainda estão pendentes. Por isso, a greve continua”, diz parte da nota.
Ontem pela manhã, cerca de 400 professores de União da Vitória e de nove municípios da região se reuniram no auditório da Universidade Estadual do Paraná (Unespar) para decidir quais os próximos passos na greve. Na ocasião, a categoria também reafirmou que o cenário só será encerrado quando houver comunicado oficial, após assembleia, da APP Sindicato estadual. “As escolas que sabemos que estão tendo aula normalmente são as de ensino especial, mas no ensino regular a greve é geral”, confirma Salete Tonon, diretora da APP Sindicado do município.
Também nesta segunda-feira, a categoria acompanhou a sessão da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) e, no final da tarde, realizou panfletagem em terminais e praças da capital. Hoje, a manhã começa com reuniões entre diretores em todos os núcleos sindicais e na sede da APP Sindicato. Outro encontro será com a coordenação do Fórum das Entidades Sindicais (FES) e a mobilização em todo o Estado para a pintura em carros “#eutonaluta”. Já amanhã acontece um grande ato em Curitiba em defesa da Escola Pública.