Paralisações dos professores no Paraná deixam prejuízos de R$ 100 milhões

Governo do Estado lamenta decisão de greve a partir de 15 de março

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Atualizado há 7 anos

A semana marca o retorno dos estudantes da rede estadual de ensino. Por isso, no Vale do Iguaçu, a movimentação será bem intensa nos estabelecimentos públicos, de Santa Catarina e do Paraná. Embora tudo esteja preparado para receber os milhares de alunos, há ainda bastante incerteza. Pelo menos no Paraná. A APP Sindicado, por meio de sua rede social e site oficial, garante mobilizações e greve daqui um mês, a partir de 15 de março. Na rede estadual, as aulas retornam nesta quarta.

Até o próximo mês, com o objetivo de defender a pauta, os educadores farão mobilizações e diálogo com toda a sociedade. Portanto, a categoria está em Estado de Greve, o que significa que, neste período, realizará um calendário de ações chamado “Jornada de Luta e Resistência Rumo à Greve da Educação” em preparação para a greve. “Esse é o momento estratégico de dialogar com a comunidade escolar, com as lideranças locais e regionais e também o momento de eleição dos representantes escolares nas escolas”, diz o texto publicado no site da APP.

O Governo do Estado do Paraná lamenta a decisão do sindicato dos professores. Em nota publicada no site da Agência, afirma que o movimento prejudica mais de um milhão de alunos da rede pública estadual do Paraná e suas famílias. “As últimas paralisações deixaram prejuízos próximos a R$ 100 milhões, em contratações de temporários para reposição de aulas, merenda estragada e transporte escolar fora do período letivo tradicional”, mostra a redação. “A Secretaria de Estado da Educação ressalta que as resoluções que tratam da distribuição de aulas têm amparo legal e que o Estado implantou as promoções e progressões em janeiro, conforme acordado com a categoria e, portanto, não vê necessidade de paralisação”, concluiu.

Do outro lado da linha

Em Santa Catarina, o retorno aconteceu normalmente nesta segunda, 13. Em Porto União, não houve nenhum registro de problemas no primeiro dia de aula nos colégios, Cid Gonzaga, Balduíno Cardoso, Nilo Peçanha e Antônio Gonzaga.

A regional de Canoinhas do Sindicado dos Professores, esteve reunida no dia 7, com a executiva regional, conselheiros e suplentes para debater e organizar seu plano de lutas para o ano. “Os ataques de retirada de direitos é grande, dentre eles estão a reforma da previdência que aumenta idade e tempo para aposentadoria integral, a Reforma do Ensino Médio, que é o desmonte da Educação Pública nesse país”, disse o texto publicado na página do Sinte, na rede social.

Não há desdobramentos sobre o assunto, nem anúncio de Estado de Greve ou outra manifestação.

O que querem os professores no Paraná

A pauta não é extensa, porém, um pouco confusa. É que algumas reivindicações são do âmbito Federal – portanto, não compete ao governo do Estado – e outras já são atendidas. São elas: manutenção dos direitos conquistados da carreira, revogação da Resolução da Distribuição de Aulas, cumprimento da Lei da Data Base (reajuste da inflação), cumprimento da Lei do Piso (o Paraná paga o piso) e da Lei da Hora-Atividade, contra a Reforma da Previdência e Trabalhista e pela revogação da lei da reforma do Ensino Médio (discussão Federal).