UNIUV é selecionada para participar do Projeto Rondon em 2017

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Atualizado há 7 anos

rondon-uniuv-projetoO Centro Universitário de União da Vitória (UNIUV), foi selecionado para participar do Projeto Rondon em 2017, na operação que comemora o cinquentenário do projeto. A UNIUV atuará na cidade de Presidente Médici, em Rondônia, entre os dias 7 e 23 de julho. A instituição já participou em outras quatro operações: em 2013, na cidade de Irará (BA), na Operação 2 de julho e na Operação Forte do Presépio, em Governador Nunes Freire (MA); em 2014 na Operação Guararapes, em Correntes (PE) e também na Oepração Aciso, que aconteceu em vários municípios da região Norte.

Todas as instituições de ensino superior do país são convidadas a participar do projeto por meio de uma carta convite divulgada pelo Ministério da Defesa, responsável pelo Rondon. Para que uma instituição seja selecionada, é necessário o desenvolvimento de um diagnóstico da região que irá receber as oficinas do projeto. Neste ano, a operação irá abranger 15 municípios de estado de Rondônia. A partir de então, cria-se uma proposta de ação que demonstre como a instituição pode ajudar a região. As propostas podem ser inscritas em três conjuntos, sendo que cada um contempla diferente setores importantes de atuação. A proposta enviada pela UNIUV por meio dos professores Wilson Carlos Eckl, Emili Coimbra de Souza e pela Pró-reitora de Ensino, Vivian Gertrudes Buchholz Guimarães, que é a representante do Ministério da Defesa para o projeto Rondon, encaixa-se no conjunto A, que visa ações relacionadas a cultura, direitos humanos e justiça, educação e saúde. “Nesse diagnóstico você levanta os principais problemas, identifica as políticas públicas que já existem, e pensa nessa situação e de que forma a instituição poderia ajudar a resolver esses problemas de forma geral”, comenta Vivian.

Alguns meses antes da equipe inteira de participantes viajar até a cidade para realizar as oficinas, é realizada uma viajem precursora para fazer uma sondagem inicial do município, para que aconteça um contato com os administradores da cidade, a fim de formatar o projeto para que ele se adeque as realidades do local. “Nessa viagem precursora também já é estabelecido contato com a instituição que nos acompanhará, visto que as operações são feitas sempre em duplas. No ano que vem iremos trabalhar com a Universidade Federal de Pelotas (UFPEL).  Também nessa viajem é definida a questão de alojamento dos rondonistas”, explica Emily. A viagem acontecerá entre os dias 2 e 8 de abril.

A participação no Projeto Rondon também requer que a instituição realize um processo de seleção interna entre os alunos interessados em tornarem-se rondonistas. Vivian relata que todos os alunos, independentemente do curso que frequentam, podem inscrever-se no projeto de seleção. “Dependendo da área que você enviou o projeto, que no nosso caso foi o conjunto A, é claro que você terá um pouco mais de alunos selecionados que consigam atender as oficinas que são específicas da área, mas é aberto para todos, e a gente procura contemplar todos os cursos da instituição, na medida do possível, pois são oito vagas apenas”, esclarece.

O processo de seleção de alunos começa com a publicação de um edital que explica quais requisitos os interessados devem atender para poder inscrever-se. É exigida a entrega de um currículo, realização de uma prova escrita e entrevistas. Um dos pré-requisitos para a participação no Rondon é que o acadêmico tenha concluído, pelo menos, 50% do curso. O acadêmico também não pode ter participado de edições anteriores. “Após a seleção, os alunos passam por treinamentos das oficinas que serão ministradas por eles no município que está recebendo nossa instituição”, ressalta Emily. Todos os gastos, incluindo viagem, acomodação e alimentação são bancados pelo Ministério da Defesa.

Segundo Vivian, todos os rondonistas precisam ser cadastrados até abril de 2017, e como o processo requer que o aluno providencie uma série de documentos, a fase de seleção interna deverá começar em meados de fevereiro do ano que vem.

Para Eckl, é dever de uma instituição de ensino superior colocar-se a serviço da comunidade, e participar do projeto é uma oportunidade para a UNIUV colaborar em questões de saneamento, saúde e educação em regiões do país que passam por dificuldade. “O projeto tem um cunho social muito grande. Isso é colocado pelos próprios organizadores do projeto nas reuniões que eles fazem, na recepção a todos os rondonistas. Participar desse projeto é uma imagem muito boa para a instituição. Mostra que a instituição é de qualidade, que tem profissionais que se reúnem, se agrupam, escrevem, conseguem participar, atravessam esse processo de seleção, o que não é para todos”, aponta.

O Projeto Rondon é transformador, não apenas para as cidades que são contempladas pelo projeto, mas também para os rondonistas. Segundo Emily, essa mudança é visível já na reunião realizada ao fim da operação. “Na reunião geral, que envolve todas as instituições e todos os participantes, você tem uma impressão dos acadêmicos, dos professores envolvidos. A última é diferente, parece que que há um calor humano maior, devido ao aprendizado, a vivência que tanto professores quanto acadêmicos passaram nesses dias de aplicação do projeto. É o que eles falam, a verdadeira lição de cidadania. Eles vivenciam e voltam com uma visão diferente, pois muitas vezes quem participa, em termos acadêmicos, tem a ideia daquela realidade, mas a maior parte por mídias, porém, nesse momento, eles estão lá, eles estão presentes naquele momento, eles estão vivendo aquele dia a dia. Então eu tive essa impressão. Quando tem aquela reunião final, parece que o pessoal está mais coeso”, relata.

Eckl também ressalta que o projeto proporciona a criação de amizades, devido ao trabalho colaborativo realizado entre pessoas que até pouco tempo não se conheciam. “As experiências vivenciadas pelas equipes todas promovem, por meio desse trabalho colaborativo, o compartilhamento de experiências regionais dentro de uma outra região necessitada, aonde há compartilhamento entre os acadêmicos, professores e munícipes. Essa colaboração, esse compartilhamento, causa uma energia de união, o pessoal acaba se tornando grandes amigos”, enfatiza.

Vivian ressalta que a participação da UNIUV no projeto, sendo ela a única instituição de ensino superior da região selecionada, coloca a universidade em um patamar de igualdade para universidades com um grande histórico de participação em programas de extensão. “Total sinônimo de qualidade. As melhores instituições estão selecionadas para participar desse projeto. Não é qualquer projeto que passa. A nota do nosso projeto ficou em 94 pontos, sendo que vai até 100. Um dos avaliadores nos deu 10, então isso significa que o nosso projeto está com uma qualidade muito alta. Nós estamos escrevendo a nossa história”, comemora.

Para o reitor Alysson Frantz, o projeto Rondon é transformador também para a UNIUV, pois os participantes, ao retornarem, compartilham experiências com colegas de classe e de trabalho. “Eu vejo isso como um diferencial da UNIUV. A universidade passou a inserir-se cada vez mais na comunidade, e o projeto Rondon reflete que não nos inserimos apenas na comunidade local, mas também queremos atuar, por meio da excelência, atingindo toda a sociedade. Isso também acaba sendo um atrativo e um motivo de orgulho, pois nossos acadêmicos se comprometem com a sociedade, não só local, mas têm interesse em ajudar todos aqueles que precisam”, reforça.