Para apresentar custo de restauros especialistas vistoriam Maria Fumaça

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Atualizado há 11 anos

locomotiva (2)Especialistas em restauros de locomotivas à vapor, estiveram essa semana avaliando a Locomotiva 310, Maria Fumaça, de União da Vitória. Eles fazem parte da Cooperativa de Restauração e Manutenção do Acervo Ferroviário Nacional (Coperferro), de Tubarão/SC, e vieram à convite do Conselho Municipal de Turismo (Codetur), responsável pela máquina. O objetivo é levantar custos para, em seguida, desencadear a restauração e disponibilizar o trem para uso no turismo.

O secretário de Indústria, Comércio e Turismo, Antonio Oscar Nhoatto, salienta que o prefeito de União da Vitória, Pedro Ivo Ilkiv, tem insistentemente lhe cobrado para buscar a forma mais adequada de recuperar e colocar a locomotiva em funcionamento.  Nhoatto explica que o primeiro passo é a avaliação de custos. Já existe uma empresa que fez a vistoria a apresentou os valores que cobraria para realizar o restauro.  Por isso, os ex-ferroviários e membros do Codetur convidaram os representantes da Cooperferro, buscando mais uma análise e orçamento. “Precisamos saber quanto vai custar para restaurar, para depois pensar na Maria Fumaça como produto turístico”, reforça o secretário.

Nhoatto destaca a especialidade desse grupo. “O grande nicho deles são as máquinas à vapor”, disse. “Já recuperaram várias”, reforçou. Para o vice-presidente da Cooperferro, Dorival Mateus de Oliveira, é possível deixar a máquina ‘zerada’. A primeira impressão a locomotiva está em bom estado, mas precisa ser quase que totalmente desmontada para análise minuciosa. Dorival garante que a cooperativa tem condição de trocar as peças necessárias e até fazer, de forma artesanal, aquelas que, porventura, não se tenha para adquirir. “Algo normal para uma raridade tão especial dessas”, argumenta.

Cauteloso em relação à segurança, Nhoatto disse que o Codetur só vai colocar a máquina em funcionamento, e utilizá-la como equipamento para atrair turistas, quando estiver restaurada e oferecer todo o suporte de segurança necessário. Dorival, de início, apontou a necessidade de recuperar várias peças, mencionando que não se trata de uma reforma, mas sim um restauro que vai recuperar a originalidade da Locomotiva 310. “Nós gostamos muito desse trabalho, já recuperamos várias em estado muito pior. Vamos sentar e fazer o cálculo minucioso para apresentar a vocês, dentro de uns 15 dias”, afirmou aos ex-ferroviários e secretário.