Aulas reiniciam sem interrupções

Professores decidem não fazer manifesto. Na rede municipal de União da Vitória, estreia no ano letivo é normal

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Atualizado há 10 anos

Por Mariana Honesko

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Na escola, Miguelina Treuke, aulas e merenda estão em dia (Fotos: Mariana Honesko/Jornal O Comércio)

Professores da Rede Municipal de União da Vitória decidiram no final da tarde de ontem, 5, durante assembleia, pelo início normal das aulas. O manifesto, programado para esta quinta-feira, 6, não aconteceu. A decisão é fruto da análise da pauta de sugestões apresentadas pelo prefeito, Pedro Ivo Ilkiv.

Conforme o secretário da Educação, Célio Calikoski, nenhum estabelecimento teve qualquer prejuízo pela indecisão da categoria, que marcou a semana. A possibilidade de greve, contudo, não está descartada. “No momento, a aula é normal. Os professores disseram que haverá nova assembleia para decidir se haverá nova manifestação”, aponta. “Mas os pais podem encaminhar seus filhos para as escolas”, confirma.

Transporte escolar ainda fora do roteiro

De acordo com a Secretaria, o retorno dos quase 6,5 mil alunos aos bancos escolares seguiu normal. A exceção é para o transporte escolar. Nem todos os roteiros estão sendo aplicados. Além disso, uma minoria de pais atualizou o cadastro de seus filhos na empresa Piedade, que explora o serviço e oferece o transporte escolar. Conforme o gerente, Leandro Kretschmer, nem 50% dos alunos esperados procuraram a empresa. Em 2013, cerca de dez mil cadastros haviam sido feitos. “E enquanto não renova, o estudante não consegue usar o ônibus”, explica.

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Atualização do cadastro para transporte escolar precisa ser feito na Piedade: movimento deve ser bem maior na próxima semana

O processo é gratuito e está disponível aos pais e alunos desde o dia 2 de janeiro. A confecção do cadastro é rápida e depende apenas da declaração de matrícula. A expectativa é de que na próxima semana a procura pelo processo na Piedade seja maior. Até lá, a empresa talvez enfrente outros problemas.

É o caso, por exemplo, do que vem ocorrendo na escola municipal Professora Miguelina Treuke, no bairro São Sebastião. Segundo a diretora da instituição, Rosangela Ramos, alunos do bairro Nossa Senhora das Vitórias precisam andar mais de um quilometro para chegar à Escola. “No ano passado foi uma luta constante nossa. Procuramos a Secretaria da Educação e ficou decidido que o transporte iria até mais perto de onde as crianças moram. Gostaríamos que este ano o ônibus fosse mais perto da casa. As passagens são pagas para isso”, aponta. A Piedade já tem o problema anotado e deve discutir o roteiro nos próximos dias.

Além da Piedade, o município oferece ainda transporte próprio, com ônibus cedidos por programas do Governo, e mantém linhas gerenciadas pela empresa Bitur. De acordo com Calikoski, há problemas, mas eles são pontuais e estão próximos de solução. “Só temos problemas ainda no bairro Nossa Senhora das Graças e próximo do Instituto Piamarta, que parou de transportar os alunos e agora nós vamos fazer isso”, pontua Calikoski.