A Polícia Militar descobriu na madrugada de domingo, 16, por volta das 3h20 da madrugada, que a agência do Banco do Brasil, que fica no centro de Porto União, foi arrombada. O fato só foi divulgado na manhã dessa segunda-feira, 17, pela própria PM. De acordo com as informações a agência foi invadida na noite de sábado, 15. Os ladrões foram direto para a sala onde fica o cofre. Várias ferramentas foram utilizadas e um maçarico foi usado para abrir um buraco na parede dupla de ferro da agência. A PM avalia que foram necessárias várias horas para que o cofre fosse violado. Outros equipamentos como furadeira, alicates, marretas e outros materiais foram abandonados no local.
A central de alarme foi encontrada danificada e inutilizada pela ação dos arrombadores. A Agência do Banco do Brasil de Porto União fica na Rua Sete de Setembro, no centro da cidade, contudo ninguém ouviu e nem viu absolutamente nada. Por telefone, o delegado da Polícia Civil de Porto União, Wellington Gustavo Spiacci informou na tarde de ontem que a perícia estava no local, fazendo o levantamento no local e informou ter detalhes para repassar. Sobre as câmeras de vigilância, o delegado disse que requisitou o material junto ao gerente da agência bancária. Um laudo oficial deverá ser emitido nas próximas horas pelos peritos do Instituto Geral de Perícias (IGP) de Porto União.
Segurança falhou
O Perito criminal João Leonardo Padilha Barneche (IGP) fez o levantamento ainda na madrugada do arrombamento. Contudo, o laudo pericial só pode ser liberado pela Delegacia de Polícia da Comarca de Porto União. Como ainda não foi notificado pela Polícia Civil, não podem ser emitidos detalhes que constam na confecção do laudo.
No entanto, informações extraoficiais demonstram falhas severas na segurança da agência. A hipótese é de que a quadrilha (provavelmente mais do que dois elementos) sabia onde funciona a sala de monitoramento. O alarme demora cerca de 20 segundos para disparar. Nesse tempo os fios da central foram arrancados e o alarme simplesmente parou de funcionar. Por ser arcaica a central não funcionava sem energia, com baterias por exemplo.
A reportagem de O Comércio apurou que o perito não conseguiu encontrar nenhuma impressão digital, fato que comprova que a quadrilha era organizada e agiu de maneira profissional. Mesmo com as ferramentas abandonadas, não foi encontrada nenhuma impressão digital. A facilidade e o silêncio na ação dos ladrões foi impressionante. A central “On Line” do banco foi invadida e além do sistema de alarme, as câmeras de segurança foram viradas ou desligadas. O gerente do Banco do Brasil, agência de Porto União, João Geraldo Pereira, não foi encontrado para comentar o assunto.
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