Para quem pensa que vida de Bombeiro é só incêndio ou acidente automobilístico, aqui vai um belo exemplo do trabalho dos militares da corporação de União da Vitória. Uma égua prenha passou a noite tentando sair de uma valeta cheia de água. Debilitado, o animal precisou ser retirado pela equipe.
O registro de toda a cena foi feito por Márcio Vinicius Naiser e publicado na página “Nós amamos os animais! Porto União e União da Vitória!”, dos voluntários e protetores independentes das duas cidades. O resgate foi feito na manhã de ontem, 8, na Avenida Abilon de Souza Naves, às margens do Rio Iguaçu, em São Cristóvão.
A partir daí começou outra corrida contra o tempo. A égua precisava de atendimento, porque estava com um corte superficial, cansada e prenha. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMMA) foi acionada. De acordo com o secretário Sidnei Cieslak, um veterinário foi enviado para atender o animal.
Os protetores independentes tem uma rede grande de comunicação e abnegados parceiros que agem com celeridade. Por conta disso, o médico veterinário, Kurt Hebert Sass, atendeu o caso e fez os curativos nos cortes provocados pela luta que o animal travou para sair da valeta. Ele levou até ração para ajudar na recuperação.
O proprietário da égua, que foi localizado em casa, alegou que não tem dinheiro para pagar o tratamento do animal. Testemunhas denunciam que o animal é usado para puxar lenha e que com o lucro do negócio o proprietário poderia pagar pelo tratamento e até não usar a égua prenha. Segundo o veterinário, a égua está em recuperação, o potrinho está bem e os ferimentos estão sendo tratados.
Os protetores independentes cobram leis e dispositivos para acabar com a crueldade contra cavalos, cachorros gatos e outros animais. Em relação aos cavalos, os voluntários querem leis semelhantes à de Curitiba (PR) e Joinville (SC) que criam medidas que proíbem trânsito de carroças na cidade ou que eqüinos sejam usados para puxar carga.