CASAMENTO COMUNITÁRIO: Eles disseram sim

Cinco casais oficializaram sua união em evento promovido pela equipe da Paroquia São Pedro e São Paulo, de Porto União

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Atualizado há 7 anos

Gracieli e Jhony: casal aproveitou a oportunidade para regularizar situação na igreja
Gracieli e Jhony: casal aproveitou a oportunidade para regularizar situação na igreja

Mãos trêmulas, convidados felizes, noivas vestidas de branco. O casamento comunitário teve tudo, como manda o figurino. Sobrou emoção, não faltou amor.

Juntos há 22 anos e com três filhos, o casal, Gilmara e Roberto Carlos, resolveram se casar no religioso. Aproveitaram e acertaram tudo no cartório também, na véspera do “sim”. “É um momento bom. É uma festa para juntos estarmos reunidos”, sorriu Rosangela. A noiva, que casou com um vestido longo, com uma longa cauda, contou com a ajuda das madrinhas para a “produção”. “Elas disseram que tinha que ser assim. Era um sonho casar de noivo”, emocionou-se. A jovem Amanda, noiva há 1,5 ano de Alisson, com uma frase resumiu o que sentia na porta da igreja, quando esperava o momento de entrar. “Um sonho de uma vida toda”, disse. Já casados no civil, o casal, Gracieli e Jhony de Aquino, também aproveitaram o casamento na comunidade. A ideia do casal foi a de aproveitar a oportunidade, bem como deixar regularizada sua situação perante a igreja. “A gente já vinha pensando nisso há um tempo e decidimos aproveitar”, comentou a noiva. “É mais uma questão para acertar a situação perante Deus”, completou o noivo. O casal já mora junto e esperam pelo primeiro filho.

E foi assim, em um clima de aconchego, de frio na barriga, de afeto, que a edição deste ano do evento aconteceu. No sábado, 12, véspera do Dia dos Pais, ela levou para o altar cinco casais, todos ansiosos por formalizar a união no religioso. A iniciativa é da equipe da paroquia São Pedro e São Paulo, de Porto União.

O casamento comunitário acontece sempre em agosto, considerado o mês das vocações para a igreja católica. O evento marca também a estreia da Semana da Família. “Essa é uma iniciativa pastoral para os casais que moram juntos sem terem o sacramento do matrimônio, fazemos a celebração porque acreditamos no amor de Deus pela humanidade e no amor de Cristo pela igreja”, explica o pároco, Fábio Costa Farias.

Conforme ele, a cerimônia comunitária segue o rito normal para os casamentos. O “roteiro” é o mesmo, bem como a duração, algo em torno dos 60 minutos. “É algo que vinha sendo preparado com tempo e que todo ano acontece”, sorri.

Mais de 50 casais

Conforme o Memorial Paroquial, organizado pela secretaria da igreja, desde que estreou na comunidade, em 2006, mais de 50 casamentos já foram realizados na paroquia. O objetivo da proposta é facilitar e proporcionar a regularização perante ao sacramento do matrimônio, principalmente aos casais que já convivem junto. “Conforme afirmação do Papa Francisco, ‘o sacramento do matrimônio é um grande ato de fé e de amor e testemunha a coragem de acreditar na beleza do ato criador de Deus e de viver aquele amor que leva a ir sempre além de si mesmo’”, defende o exto.

Dinâmica

As exigências e documentação para participar do casamento comunitário são as mesmas. Mas, o processo passa a ser mais simplificado, os custos reduzidos e o curso de noivos não é obrigatório. Os casais que desejam participar do projeto devem entregar a documentação até 30 dias antes da cerimônia e participar da entrevista com o padre.

Vale lembrar que o projeto abrange apenas o casamento religioso, ficando o casamento no civil a critério dos noivos. Já no dia da celebração, os casais realizam juntos seus votos perante a comunidade, familiares e amigos durante uma missa especial.

O SIM NA PAROQUIA

Desde 2006, mais de 50 casais oficializaram sua vontade de casar “certinho”, de véu e grinalda. Veja a distribuição:

2006, 13 casais

2007, 2 casais

2009, 3 casais

2010, 5 casais

2011, 2 casais

2012, 2 casais

2013, 4 casais

2015, 3 casais

2016, 13 casais

2017, 5 casais