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Seminário Social Good Brasil mostra como novas tecnologias podem ser usadas em ações sociais

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Atualizado há 11 anos

*Por Camila Latrova*

Camila Latrova/ADI-SC/CNR-SC

O uso da tecnologia para a transformação social é o mote do “Seminário Social Good Brasil” (SGB), realizado pela primeira vez em Florianópolis. Aberto na noite de terça-feira, 6, o evento segue até esta quinta-feira, 8, no Centro Integrado de Cultura (CIC), em Florianópolis.

Para a presidente-voluntária do “Instituto Voluntários em Ação”, Fernanda Bornhausen Sá, uma das idealizadoras do evento, “a tecnologia é um bem e nós temos o poder da transformação na ponta dos nossos dedos”. Ela e Lúcia Dellagnelo, também idealizadora do programa, abriram o seminário falando sobre como surgiu a ideia de trazer o projeto para o Brasil.

Segundo contaram, o termo Social Good significa “bem social” e o seu conceito, criado nos Estados Unidos, explica o fenômeno de usar novas tecnologias, somadas ao pensamento inovador, para apoiar causas e solucionar problemas na sociedade.

Camila Latrova/ADI-SC/CNR-SC

O programa foi criado em fevereiro deste ano, inspirado no Social Good Summit, que reúne, anualmente, grandes nomes da tecnologia e do terceiro setor em Nova York. Os três principais objetivos são disseminar o uso das tecnologias para a mudança social, identificar e apoiar experiências inovadoras e oferecer ferramentas e capacitações para iniciativas na área.

O seminário reúne, além de palestrantes internacionais mundialmente reconhecidos nas áreas de tecnologia, novas mídias e inovação, influentes blogueiros, consultores e empreendedores nacionais.

Inclusão e revolução
Os dados de inclusão digital no Brasil esclarecem a importância da organização de um movimento para transformação social via web: em 2012, já são mais de 81 milhões de brasileiros usuários da internet, acima de 40% da população do país, sendo que 47,5% desse universo utilizam a rede mundial frequentemente.

Outra informação que chama a atenção é que o número total de membros no Facebook, a rede social da moda, já passou de 1 bilhão de pessoas no primeiro semestre deste ano. Entre esses, mais de 60 milhões são brasileiros, que, conforme pesquisa divulgada pelo site Social Bakers, são os que mais interagem na rede social, superando até mesmo os Estados Unidos.

Camila Latrova/ADI-SC/CNR-SC

Inspiração, Informação, Ação
A cada dia do seminário, uma nova abordagem. Na terça-feira o tema foi “Inspiração – Um novo mundo: tecnologias e inovação social”; na quarta, “Informação – Histórias e Casos: tecnologia, novas mídias e pensamento inovador para a transformação social”. Nesta quinta, último dia, o tema é “Ação – Inovação social ao alcance de todos”.

Quem não pode participar do evento, há a opção de acompanhar, em tempo real, pelo endereço http://socialgoodbrasil.org.br/ao-vivo/.
A programação desse último dia de Social Good Brasil prevê:

• 13h – Panorama: Uma nova economia em rede, com Reinaldo Pamponet, sócio-fundador da Rede ItsNOON e um dos “50 mais Inovadores do Mundo Digital Brasileiro”, pela revista ProXXima;
• 13h30min – Painel: Ambientes de inovação social, com José Eduardo Fiates (Sapiens Parque), Bruno Ayres (Festival de Ideias), Renato Kiyama (Artemisia), Maria Augusta Orofino, Renata Pinheiro de Aquino (The Hub Curitiba);
• 15h – Apresentação das ideias finalistas do “Festival de Ideias Social Good Brasil”;
• 16h30min – Painel: Teste sua ideia, com Edgard Morato (Saútil), Daniel San Martin Pascal Filho (Fisiogames), Eric Santos (Resultados Digitais), Rafael Assunção (Investidor Anjo);
• 17h30min – Palestra internacional: Pequenas apostas, como ideias emergem de pequenas descobertas, com Peter Sims, consultor em empreendedorismo e inovação para empresas como Google e Pixar. Autor do best-seller “Little Bets”, escrito em colaboração com o Stanford’s Institute of Design.

Camila Latrova – Central de Diários/ADI-SC/CNR-SC