CONFERÊNCIA MUNICIPAL: Segunda edição começa na quinta-feira

Serão 12 eixos de debate, de cada um deles três propostas serão registradas. Intenção é que elas sejam, efetivamente, aplicadas

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Atualizado há 9 anos

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Nelson Pedroso, Leonardo e Bruna Guimarães buscam uma participação mais expressiva da juventude nas mudanças da sociedade. (Foto: Bruna Kobus).

Ocorre nos dias 3, 4 e 5 de setembro a segunda edição da Conferência Municipal da Juventude. O tema é bem amplo e abrange 12 eixos de discussão. “As várias formas de mudar União da Vitória” serão debatidas no dia 4, das 8 horas às 17 horas, no Centro Universitário de União da Vitória (Uniuv). Serão seis eixos de discussão durante a manhã e mais seis a tarde. “É algo plural. A maior preocupação da conferência é construir um debate plural”, adianta um dos organizadores, Nelson Pedroso. “Vamos levar o jovem LGBT, o jovem negro, jovem que tem dinheiro e o que não tem, o que estuda na púbica e o que estuda na privada”, comenta. “Não tem como você falar que essa juventude é mais importante que aquela”, rebate a estudante de filosofia da Unespar, Bruna Guimarães.

Vai funcionar assim: de cada eixo três propostas serão apresentadas. Essas ideias serão registradas e enviadas, de uma forma legal, para que a prefeitura se responsabilize em coloca-las, efetivamente, em prática. “O público que estiver na sala também vai estar fazendo perguntas”, conta Bruna. “São desses questionamentos que eles vão tirar os déficits que a cidade tem e, em conjunto com o pessoal da mesa, nós vamos definir as propostas”, explica a estudante.

Um dos eixos é mais regional e leva para debate os Reflexos do Contestado na Contemporaneidade. Nesse debate serão colocados à mesa tanto a parte econômica quanto a social. “A ideia da Conferência é colocar jovens de 15 a 29 anos juntos para debater temas que são inerentes da comunidade local”, fala Pedroso.

Ainda da Conferência será criado o Conselho Municipal da Juventude. A gestão desse Conselho será de dois anos e sua criação se traduz numa independência para que outras conferencias ocorram na cidade, sem depender do calendário nacional. “A Conferência da Juventude faz parte do circuito nacional de conferência. A nossa primeira foi há quatro anos e só estamos fazendo neste ano porque respeitamos o calendário nacional”, explica Pedroso.

O Conselho tem 27 artigos e “bem justificados”, lembra o organizador. “Essa lei dá autonomia nas conferências, não é um conselho paritário e não tem caráter político nem vai ser questão de bater chapa”, lembra Pedroso.

Leonardo Figueira Souza, que faz parte da organização da conferência também já participou de outros grupos estudantis. Segundo ele é nesta edição que ele espera um público mais expressivo. “Quero ver a conferência crescer e mobilizar ainda mais os jovens da cidade.”

Na edição passada 300 jovens participaram. Nesta a expectativa é de reunir cerca de 500. “Temos almoço para servir 500”, brinca Pedroso.