CONGRESSO ADI: Hora de discutir o papel do jornal

Evento no Rio Grande do Sul debateu os desafios e o futuro da comunicação impressa

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Atualizado há 7 anos

Jornais do Rio Grande do Sul trocaram experiências sobre o futuro do jornal em papel. (Foto: Mariana Honesko).
Jornais do Rio Grande do Sul trocaram experiências sobre o futuro do jornal em papel. (Foto: Mariana Honesko).

Durante três dias, jornalistas das cidades interioranas do Rio Grande do Sul tiveram como pauta o temido assunto: o fim do jornal impresso. O tema norteou todas as palestras da 19ª edição do Congresso dos Diários do Sul do Brasil, evento promovido pela Associação dos Diários do Interior do RS (ADI/RS), realizado no Hotel Continental, em Canela. A reportagem do jornal O Comércio, foi convidada e participou do evento.

Logo na abertura do evento, às 9h15 do sábado – na sexta, o congresso apenas reuniu os convidados para um happy hour – o presidente da ADI, Sérgio Klafke, disse que a intenção do encontro era justamente fomentar a discussão, sugerir soluções e finalmente, virar a página, dando vida útil ao papel. “A gente vive uma metamorfose alucinante na comunicação e nós que fazemos jornal impresso estamos nos debatendo com as formas de escrever mas nós precisamos estar ligados com a tecnologia. Penso que a crise economia também afetou o ritmo dos jornais impressos. Até 2012, todos estavam bem. De lá para cá, isso mudou. Quando um Pais dá sinais de que a economia volta a crescer, penso que os jornais vão retomar isso”, avaliou.

Com bom humor, o presidente da ADI Brasil, Jedaias Belga, animou os participantes dizendo que a prensa, criada por Guttemberg, não vai virar peça de museu. “Não acreditamos que o jornal não vai acabar. Somos veículos regionalizados e por isso, os divulgadores oficiais das nossas regiões. Ninguém vai conseguir cobrir isso. O impresso é quem vai dar sustentação para o on-line”, sorriu. Belga afirma que o jornal em papel, não vai deixar de existir, mas reafirma que é fundamental que ele se reinvente.

Com 43 anos de experiência no jornalismo, o palestrante, Gilberto Gesoni Alves Soares, de Lajeado, relembrou a história da comunicação. Para ele, a pintura rupestre – os primeiros indícios de comunicação – já eram jornais “muito bem escritos”. Ele também afirmou que o momento não é o de lutar para sobreviver, mas viver junto com a tecnologia e com a comunicação on-line. “O jornal está dentro das maiores invenções do homem. Ele é essencial na democracia. Essa questão de que ele vai acabar é algo da própria comunicação impressa. O jornal vai se transformar, mas isso é algo aditivo. A rede social veio para tornar a comunicação melhor, mas não para excluir o jornal”, defendeu.

Na apresentação dos cases vencedores do Prêmio ADI/Fecomércio de Excelência em Gestão 2017, mais impulsos. Embora os jornalistas deste grupo defendam a valorização do meio digital, eles acreditam que é possível formar alianças e entrelaçar a produção para ambos, impresso e on-line, tenham o mesmo sucesso e, se forem do mesmo veiculo, para que não concorram entre si.

Qual é o teu negócio?, foi o tema da ultima palestra do congresso. Em um tempo bem breve, o diretor da revista Amanhã, Eugênio Esber,

A ADI do Rio Grande do Sul tem 25 anos. O evento promovido por ela é anual.