CONSERVAÇÃO; À beira do Iguaçu, monumento no vau precisa de retoque

Espaço criado para o centenário de União da Vitória tem vegetação alta, portão rompido e sujeira. Prefeitura sinaliza interesse

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Atualizado há 9 anos

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Além da história, espaço mantém a reprodução da foto que mostra a travessia do gado. (Foto: Mariana Honesko).

O vau do Iguaçu marca o nascimento de União da Vitória e, posteriormente, das Cidades Irmãs. Trata-se de uma passagem por dentro do Rio Iguaçu que garantia, na época do nascimento da cidade, em 1842, aproximadamente, a passagem de “comitivas” de gado, um salto para a pecuária e desenvolvimento.

Por conta deste contexto importante, a prefeitura de União da Vitória decidiu pela criação de um monumento especial na década de 90. Ele foi colocado exatamente na chegada do gado, em uma das pontas da travessia. Na época, Therezinha Wolff era a secretária da Cultura e mobilizou o projeto. “Era para marcar o centenário de União da Vitória. Na época, cinco entidades ajudaram. Na inauguração, fizemos missa crioula, criamos um jardim. Ficou muito bonito”, lembra. O monumento tem, por exemplo, além de um resumo da história do vau, a reprodução de uma das fotografias mais interessantes da época. “Ela foi feita por Metha Luize Moecke, da janela da casa dela. Mostrava o gado atravessando o rio”, lembra a ex-secretária, hoje diretora do Castelinho, em Porto União.

O tempo passou e as condições de “gala” criadas para o monumento foram deixadas de lado. O local, um dos atrativos turísticos na área urbana, está cheio de mato, o jardim desapareceu e o portão, que deveria preservar os acessos, rompido. “Está abandonado mesmo”, lamenta Therezinha.

Para o turismo, local é importante

Conforme a equipe da secretaria da Indústria, Comércio e Turismo, o espaço está, de fato, em condições ruins. Ocorre que o local não é da prefeitura, mas sim da família Moecke. “Temos interesse em revitalizar o local, melhorar, mas precisamos que a família nos autorize. E temos que ter isso documentado”, explica o secretário da pasta, Luilson Schwartz.

O espaço onde está o monumento é particular, de responsabilidade, segundo um dos presidentes do Conselho do Desenvolvimento do Turismo de União da Vitória (Codetur), Dago Woehl, de Daniel Moecke. “Vamos procurá-lo para ver dessa possibilidade de parceria. O terreno é particular mas temos interesse”, conclui Schwartz.