CORPUS CHRISTI: Retomada da celebração entre a Matriz e a Catedral marca data

Confecção dos tapetes também foram destaque na comemoração

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Atualizado há 7 anos

(Foto: Mariana Honesko).
(Foto: Mariana Honesko).

Depois de mais de 30 anos, os fieis e religiosos da Matriz, em Porto União, e da Catedral, em União da Vitória, voltaram a celebrar o Corpus Christi juntas. A volta foi uma decisão igualmente conjunta, depois que as equipes perceberam que a parceria era tradição. “Esse resgate é bom, ainda mais agora, com a Catedral completando cem anos. É abençoado”, defendeu o padre Aquiles.

Na quinta, 15, o dia começou muito cedo. Quem fazia parte dos grupos de preparação dos tapetes de rua, pulou cedo da cama. Os primeiros chegaram ao trecho da procissão já as 5h30, ainda com o dia escuro. “Por Deus, tudo. Para Jesus, o melhor. A gente acorda cedo e faz tudo para Jesus”, sorriu a coordenadora da Renovação Carismática da Catedral, Leila de Fatima Silva. “Acordei as 6h30 e vim para cá. Para Jesus vale tudo”, completou a catequista, Maria de Fátima.

Crianças e adolescentes também participaram. “Eu acho que a gente tem que fazer tudo por Cristo. Ele fez tudo por nós”, sorriu a aluna da Catequese, Isabela, que acordou às 6 horas. A amiguinha, Ágata, não dormiu até tarde. Acordou às 7 horas e foi ajudar na confecção dos tapetes. “Vale a pena”, disse.

Emblemas católicos, figuras de santos, pinturas e frases de apoio e fé à data, garantiram o desenho no asfalto. Foi um roteiro maior, que neste ano, por conta da mudança, cobriu parte das ruas Frei Rogério, Sete de Setembro, Nipton Curi e da avenida Getúlio Vargas. De longe, dava para ter uma noção maior da dimensão dos desenhos. Para a produção de cada pedaço, equipes de 20 pessoas, em média, trabalhavam. A procissão começou logo após a missa campal, dessa vez, celebrada em frente da Matriz, às 9h30. Sobre os tapetes, pés tranquilos, em uma caminhada de quase 60 minutos.

A celebração de Corpus Christi marca a instituição da Eucaristia e a fé da presença real dele, como pão e vinho, em todas as missas. O rito é antigo, iniciado pelo Papa Urbano IV. A comemoração no centro das duas cidades do Vale do Iguaçu envolveu ainda os paroquianos das igrejas Nossa Senhora de Fátima e São Judas Tadeu.

Na região

Ao longo de toda quinta, o Corpus Christi foi lembrado. Na região do Vale do Iguaçu, as missas e as procissões foram acompanhadas por centenas de fieis que, deixando o feriado de lado, dedicaram um pouco de tempo para os ritos católicos.