Definidas diretrizes para sanear Koala Proteção Animal

ONG vai passar por ajustes e número de animais no local vai diminuir drasticamente

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Atualizado há 10 anos

Reunião tenta definir rumos da ONG Koala Proteção Animal (Foto: Divulgação)
Reunião tenta definir rumos da ONG Koala Proteção Animal
(Foto: Divulgação)

Protetores Voluntários, Coordenadoria Municipal de Defesa Animal, Ministério Público e a responsável pela ONG Koala Proteção Animal estiveram reunidos na terça-feira, 22, no gabinete do prefeito de União da Vitória para discutir a situação da entidade. De acordo com o prefeito Pedro Ivo Ilkiv, a veterinária Walkiria Machado e seu irmão estão tocando a ONG com muitas dificuldades. “O local é espremido e os recursos são escassos. Somente cães, são mais de 200. Estamos trabalhando com o Ministério Público para que o município, que está construindo um canil de passagem, assuma cerca de 170 animais que estão no Koala”, explicou o prefeito. A sugestão de diminuição da população de cães partiu do próprio Ministério Público, que observou que somente duas pessoas não podem cuidar de duas centenas de animais.

Pedro Ivo Ilkiv destacou que a prefeitura vai manter o convênio para a ração e vai ajudar na reforma do local, construindo um pequeno espaço que sirva de clínica para atender os animais em situação de risco. “Lá é um ponto de referência, muitos cães são deixados na porta. De lá nós vamos trazer esses cães para o canil de passagem, porque lá no Koala não pode ficar mais de trinta animais”, enfatizou. O Koala Proteção Animal é declarado de Utilidade Pública em União da Vitória e em Porto União, e ainda no Estado do Paraná, conforme a Lei n° 11.050/95.

A Coordenadoria de Defesa Animal de União da Vitória deixou bem claro que para o poder público participar mais efetivamente da realidade do Koala e poder agir, primeiro é preciso que a presidente da ONG, Walkiria Machado, permita e abra as portas da entidade. De acordo com informações colhidas com participantes da reunião, o Ministério Público sugere que a ONG se defina pela questão ambiental ou que caminhe para o lado de defesa animal. As duas áreas não são possíveis, compatíveis na mesma ONG que foi criada para fiscalização de crimes ambientais.

Canil de passagem

Outra informação que agradou os protetores voluntários é a destinação do canil de passagem. O prefeito disse que na estrutura do canil haverá uma sala de reuniões com os protetores independentes, sala de pequenos procedimentos, depósito para ração, espaço para fazer as vacinas e os boxes para os animais permanecerem em situação de conforto. “As entidades e protetores voluntários é que vão comandar o canil de passagem. Nós convidamos todos aqueles que gostam de prestar serviços na área de proteção animal que ocupem aquele espaço e ajudem a administrar”, convocou.

Para que o canil não sofra com a superpopulação, os protetores devem realizar feiras de adoção, cadastros de interessados na cidade e no interior. Com essas e outras políticas de controle populacional, como a castração, a administração municipal espera minimizar o problema no município. Até agora já foram mais de 300 castrações gratuitas. Outros encontros devem acontecer entre as entidades e a Promotoria Pública para o ajuste de ações. A representante do Ministério Público deve conceder entrevista coletiva sobre o assunto nos próximos dias, ainda em data a ser marcada.