Descarte de lâmpadas fluorescentes deve ser feito no comércio

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Atualizado há 10 anos

Por Mariana Honesko

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(Foto: Mariana Honesko).

Mesmo sendo regra, o descarte incorreto de lâmpadas fluorescentes ainda é comum. Nesta semana, um flagrante denuncia a atitude dos moradores: várias unidades foram colocadas atrás de uma lixeira pública, em uma tentativa solitária de eliminar o que não serve mais. As lâmpadas colocadas ali, vão ficar ali. Esta é a informação que a Ecovale, empresa que explora a coleta seletiva e orgânica nas Cidades Irmãs, divulga.

Conforme a empresa, este tipo de resíduo só terá o destino correto a partir de sua entrega aos estabelecimentos comerciais que a revenderam ou escritório da Ecovale. Do contrário, as lâmpadas vão ficar expostas ao tempo e à atitude de vândalos. “Deixar na rua não vai adiantar. Os nossos funcionários não vão recolher e se ficarem ali, elas correm o risco de serem quebradas, o que é ainda pior”, lembra a assistente administrativa da Ecovale, Geovania Letícia de Lara.

Camuflar a peça em sacos plásticos pode funcionar. Ocorre que, no meio ambiente, o efeito pode ser desastroso. De acordo com pesquisas, o mercúrio, presente neste tipo de lâmpada é nocivo à saúde e ao solo. A contaminação, em caso de danos, portanto, é inevitável.

Como agir

É lei a prática da política da logística reversa. Ela funciona assim: quem vendeu a lâmpada tem a obrigação de recebê-la de novo. É a empresa a responsável pelo descarte correto de cada peça. O serviço é gratuito aos clientes e na maioria dos estabelecimentos, depende da apresentação de um comprovante fiscal.

Quem preferir, por outro lado, pode levar as lâmpadas para a Ecovale. A empresa também as recebe, mas, cobra por unidade. O recolhimento das lâmpadas grandes custa R$ 0,50 e das pequenas, R$ 0,30. “Muita gente liga perguntando sobre o destino das lâmpadas mas na hora de pagar, não nos procuram mais”, revela Geovania. A exceção é para as empresas de grande porte e hospitais. De acordo com a direção da empresa, elas tem se mostrado pontuais na entrega das peças que já não servem mais para uso comum.

O serviço gratuito também é explorado pela empresa de coleta de lixo. Ele ocorre em campanhas públicas, como o Rio Limpo e o Dia do Descarte, promovidos pela prefeitura e instituições de ensino superior. Mas, é justamente nas datas que deveriam facilitar o cotidiano da comunidade que algumas empresas participam com abusos. Como é de graça, há quem leve o que recolheu do público nas promoções. “Às vezes chegam caminhões cheios, de empresas. E até eletricistas abrem suas caminhonetes e descarregam muita coisa”, revela.

A Ecovale recolhe praticamente todo tipo de resíduo, desde o hospitalar ao resto de poda e jardinagem. Além dos caminhões, há as caçambas e, em outros casos, a cobrança, ainda que modesta, de taxas de descarte de outros materiais.