Professores e funcionários dos Cemeis participam de estudo sobre novo currículo

·
Atualizado há 10 anos

formacao professores (20)Depois do trabalho realizado com professores das escolas municipais, os servidores dos Centros Municipais de Educação Infantil (Cemeis) recebem orientações técnicas e debatem a formatação do novo currículo municipal, nesta quinta-feira, 14, e sexta-feira, 15. O protagonismo do professor, as questões legais e as responsabilidades dos pais e famílias estão em pauta. Posteriormente, permitindo a participação da comunidade escolar nesse processo, a secretaria de Educação vai discutir o tema com pais, nas escolas. “A administração do prefeito Pedro Ivo Ilkiv quer que isso seja feito de forma conjunta, entre os servidores e os pais, visando apontar as reais necessidades que precisam estar dispostas nesse documento”, frisa o secretário de Educação, Célio Reginaldo Calikoski. O Centro de Convivência da Terceira Idade recebe os professores do Distrito de São Cristóvão, a Uniuv dos demais Cemeis e a Escola Municipal Hilda Mello, os funcionários das escolas. “É um assunto que estamos revendo e precisamos elaborar com ajuda de todos esses participantes do processo educacional”, afirma o secretário.

Responsabilidade dos Pais

Com o tema: ‘Compreendendo a Infância’, o professor e advogado Paulo Fernando Pinheiro tratou a participação da família no processo educacional, esclarecendo que pais, e responsáveis, não podem se eximir do seu papel de educar adequadamente seus filhos. Contudo, os professores precisam ter embasamento legal para que sua decisão em sala de aula tenha respaldo jurídico. A aprovação de regimento interno, nas escolas com apoio e avalizado pelos pais, faz parte dessa organização de ações. O conjunto de regras precisa ser documentado e, a partir disso, conforme o palestrante, permite ações efetivas do professor para que os deveres sejam cumpridos sem desrespeitar os direitos.

Por meio de vídeo, o Juiz de Direito da Vara da Família, Infância e Juventude, e Anexos da Comarca de União da Vitória, Carlos Eduardo Mattioli Kockanny, destacou o trabalho pedagógico e a importância da rede de apoio, com participação do Poder Judiciário nesse curso, orientando ações no campo do ensino e combatendo a evasão escolar. O magistrado citou direitos concedidos para crianças e adolescentes e ressaltou a responsabilidade dos pais na educação que, caso desrespeitada, é passível de penalizações e multas. Segundo ele, o simples fato de chamar o pai e informá-lo que será multado pode solucionar a omissão. Em outros casos, a aplicação da multa é fato conscientizador. “Na medida em que ele paga uma multa, e toda vez que ele for no banco pagar a multa parcelada, ele vai de alguma maneira ligar o pagamento com o motivo pelo qual ele foi obrigado a pagar aquela multa”, exemplifica. Trazer os responsáveis pelos filhos para participarem de ações e projetos escolares e permitir que eles sugiram melhorias é canal de aproximação entre pais e escolas, de acordo com Mattioli.

Na mesma linha, o Promotor da Vara da Família, Infância e Juventude, e Anexos da Comarca de União da Vitória, Júlio Ribeiro de Campos Neto, salientou que é primordial que cada ente social realize seu trabalho, dentro de suas competências. Júlio Ribeiro explica que os pais (ou tutores) devem cumprir o seu dever de educação com seus filhos ou tutelados, podendo ter que responder perante a Justiça em caso de omissão. Segundo ele, o ato de educar uma criança ou adolescente é de obrigação ‘primordial e principal’ dos seus pais. “E muitas vezes pais inconscientes ou até mesmo irresponsáveis tentam repassar uma obrigação que é sua para o professor, conselheiro tutelar, juiz ou promotor”, esclarece. O promotor orientou postura abrangente associada ao apoio da rede para auxiliar e solucionar, após análise interdisciplinar.

formacao professores (5)Fases do trabalho

Inicialmente, a secretaria buscou assessoria pedagógica junto à Universidade Federal do Paraná (UFPR) que, posteriormente, reuniu diretores e supervisores. Na fase atual, o trabalho recebe sugestões dos professores e, na fase final, dos pais e comunidade escolar para concluir os novos parâmetros, com prerrogativas locais e atendendo aos quesitos previstos nos Parâmetros Curriculares Nacionais e Diretrizes Curriculares Estaduais. “Com todas essas participações, acreditamos que teremos um currículo pedagógico condizente com nossas necessidades”, disse Célio.

‘A voz e a vez dos professores nas discussões pedagógico-curriculares’, esse foi o foco da conversa da professora Dra. Maria Tereza C. Soares, da UFPR. Focando justamente para essa participação, e citando a importância da colaboração de cada professor, a palestrante descreveu as ações já realizadas, com diretores e supervisores, e falou sobre a nova Matriz Curricular que terá participação dos educadores e comunidade. “Conforme disse o secretário”, afirma.

Da Assessoria