Rumo ao desenvolvimento econômico

Porto União estreia seu Plano Municipal da Educação. Construção é para dez anos de trabalho

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Atualizado há 10 anos

Por Mariana Honesko

Bento Trindade lidera a confecção de um documento obrigatório e fundamental
Bento Trindade lidera a confecção de um documento obrigatório e fundamental

A experiência é inédita. Porto União, que baseava sua estrutura de trabalho nas propostas nacionais e estaduais, migra para a gestão mais autônoma. Desde o dia 4, a Secretaria da Educação trabalha na construção do seu próprio Plano Municipal da Educação. Da estreia, que reuniu entidades e representantes dos mais diferentes campos, nasceu uma comissão e é ela a responsável pelo documento. A previsão é de que o plano esteja pronto em setembro e, então, siga para sanção dos vereadores. “Não são todos os municípios que tem seu plano e nem todos os que têm, são construídos da maneira democrática, como tem que ser feita”, explica o assessor do projeto, Aurélio Bona, mestre e doutor em Educação.

O ideal proposto por ele sugere a reunião de ideias até de quem não tem ligação direta com a educação. Por isso, no pontapé do dia 4, religiosos e educadores acadêmicos estiveram juntos. Faz sentido: muito mais que nortear o que os alunos precisam aprender, o plano quer fomentar o desenvolvimento econômico da cidade. “É um empreendimento audacioso e a gente não tem ideia do nível de sucesso que vamos obter”, comenta Bona. “Até o Ensino Superior participou para que o perfil do estudante do Médio seja moldado de acordo com o que o ensino acadêmico exige”, endossa o secretário de Educação, Bento Trindade.

Diante de uma construção nova, o plano será dividido em etapas. Elas definem propostas para serem cumpridas a curto, médio e longo prazo. O resultado final, contudo, só será conhecido em 2025, quando expira a validade do plano. Ontem, a primeira reunião de trabalho foi realizada. “A comissão já começou com 43 pessoas, mas temos mais, gente que já nos procurou, que quer ajudar”, sorri. Na prática, cerca de 50 envolvidos debruçam-se sobre a proposta. “É uma responsabilidade enorme, que vai interferir no futuro do município. É a educação que muda as coisas para saírem do lugar”, diz Trindade.

Para Bona, construção democrática é adequada e saudável
Para Bona, construção democrática é adequada e saudável

Iniciativa

Porto União cansou de esperar. Desde 2008, sem um plano lógico e local, a Secretaria de Educação decidiu montar seu próprio “regulamento”. O plano é obrigatório e legal.

Ao longo dos meses, a comissão será dividida e cada um trabalha um determinado setor. “Alguns vão discutir o que fazer nas séries iniciais, nas finais, no Ensino Médio”, explica o secretário. “De qualquer forma, vemos com alegria a possibilidade de mudar os rumos da Educação”, sorri.