EMPREGO: Detentos são colocados no mercado de trabalho

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Atualizado há 10 anos

Por Mariana Honesko

O projeto tem apenas seis meses e já repercute bem, especialmente entre quem precisa cumprir pena nas celas da Unidade Prisional Avançada (UPA),de Porto União. A partir do termo de cooperação entre empresas da região e Estado,  por  meio  da  unidade  prisional,  do  departamento  de  Administração Prisional e da Secretaria de Justiça e Cidadania, os detentos podem voltar à sociedade pelo trabalho que prestam.

Conforme a direção da UPA, as empresas Abbaspel e Paulo Soransso Feiras e Eventos, já estão conveniadas ao projeto. A prefeitura e a In-Brasil estão em processo final de inserção. “Pela empresa Paulo Soransso existem três postos de trabalho onde os reeducandos do regime semiaberto saem para trabalhar montando  estruturas  leves  e  realizando  serviços  gerais.  A  empresa  foi  a primeira”, explica o gestor da UPA, Victor Rafael Ribeiro.

Há duas semanas, sete reeducandos ingressaram na Abbaspel. Outros dois detentos  aguardam  autorização  para  também  trabalhar  na  empresa,especializada na produção de papel higiênico, guardanapo e toalhas de papel,na Área Industrial da cidade.

Logística

Nos  convênios,  as  empresas  ficam responsáveis  pelo  transporte,  uniforme,alimentação  e  pagamento  de  salário  mínimo  nacional  para  cada  detento.Setenta e cinco por cento ficam depositados para o trabalhador apenado e 25%em  um fundo  rotativo,  que  é  reinvestido  no  sistema  prisional.  “A  empresa cumpre com um papel social de reintegração e ressocialização pelo trabalho e,em  contrapartida,  não  tem  encargos  trabalhistas  nem  pisos  salariais  dos apenados  participantes,  pois  não  há  vinculo  trabalhista  algum”,  observa Ribeiro.