Empresário de Paulo Frontin denuncia extorsão pela Internet

Desconhecido exige Bitcoin para não divulgar material prejudicial relacionado à vítima

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Atualizado há 7 anos

Bitcoin - moeda virtual
Bitcoin – moeda virtual

A moeda virtual Bitcoin está no centro de uma trama de extorsão contra um empresário residente em Colônia Agudos, interior de Paulo Frontin. As informações são do 27º Batalhão de Polícia Militar de União da Vitória (27º BPM).

A vítima comunicou a polícia e registrou Boletim de Ocorrência (B.O.), onde informou que tem uma empresa de prestação de serviços, a qual trabalha com a moeda Bitcoin.

Na queixa, ele relatou que recebeu e-mails de uma pessoa que se identificou como sendo Jeferson Morais,  dizendo que se não transferisse Cinco Bitcoin para o estelionatário virtual, em 24 horas seria enviado um material “bem interessante” sobre a sua vida pessoal para seus clientes e familiares.

O empresário afirma que não conhece e não tem nenhuma relação com o suspeito, mas que se sentiu ameaçado pelo conteúdo de vários e-mails recebidos.

O que é Bitcoin

 A Bitcoin é uma moeda, assim como o real ou o dólar, mas bem diferente dos exemplos citados. O primeiro motivo é que não é possível mexer no bolso da calça e encontrar uma delas esquecida. Ela não existe fisicamente, é totalmente virtual. O outro motivo é que sua emissão não é controlada por um Banco Central. Ela é produzida de forma descentralizada por milhares de computadores, mantidos por pessoas que “emprestam” a capacidade de suas máquinas para criar Bitcoin e registrar todas as transações feitas.

 

No processo de nascimento de uma Bitcoin, chamado de “mineração”, os computadores conectados à rede competem entre si na resolução de problemas matemáticos. Quem ganha, recebe um bloco da moeda.

Quanto vale um Bitcoin

O valor da Bitcoin segue as regras de mercado, ou seja, quanto maior a demanda, maior a cotação. Historicamente, a moeda virtual apresenta alta volatilidade. Em 2014, sofreu uma forte desvalorização, mas retomou sua popularidade nos anos seguintes.

Nos primeiros cinco meses de 2017, o interesse pela Bitcoin explodiu. No dia 1° de janeiro, a moeda era negociada a pouco mais de mil dólares. No final de maio, já valia mais de 2,4 mil dólares.

No ano passado, um Bitcoin valia US$ 2 mil. Nesta semana, a cotação está em torno de US$ 4,3 mil. Os mais otimistas imaginam que chega em US$ 10 mil fácil.

Mas como se trata de uma experiência, o investidor tem dois caminhos. Ter uma carteira de nada, pois em tese, se tiver 1 milhão de Bitcoin, não consegue comprar um sanduíche ou uma água mineral na lanchonete da esquina, ou estar no futuro no rol dos milionários que foram ao topo da cadeia econômica sem usar um dólar ou real. Só o tempo vai dizer se a moeda veio mesmo para ficar.