Família Paranaense melhorará condições de moradia de comunidades carentes

Programa, iniciado em 2012, conta com a participação de 19 órgãos estaduais coordenados pela Secretaria da Família e Desenvolvimento Social. No setor de habitação popular, serão 650 famílias beneficiadas com a construção e reforma de casas e a titulação de imóveis irregulares.

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Atualizado há 7 anos

Cerca de 650 famílias residentes em condições precárias e irregulares em dezenas de municípios paranaenses serão beneficiadas por projetos de habitação popular do Governo do Paraná. As ações estão sendo elaboradas pela Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar) e contam com a participação de 19 secretarias e órgãos estaduais sob a coordenação da Secretaria de Estado da Família e Desenvolvimento Social (SEDS).
Fernanda Richa, Secretaria de Estado da Família e Desenvolvimento Social (SEDS).

Cerca de 650 famílias residentes em condições precárias e irregulares em dezenas de municípios paranaenses serão beneficiadas por projetos de habitação popular do Governo do Paraná. As ações estão sendo elaboradas pela Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar) e contam com a participação de 19 secretarias e órgãos estaduais sob a coordenação da Secretaria de Estado da Família e Desenvolvimento Social (SEDS).

A Cohapar é responsável pela assessoria e acompanhamento técnico da construção de novas moradias, reformas, regularização fundiária para famílias que ocupam áreas de risco, ilegais ou de proteção ambiental com pouco ou nenhum acesso ao sistema de serviços públicos, além de articular a reabilitação ambiental das áreas desocupadas.

Segundo o presidente da Cohapar, Abelardo Lupion, a experiência da equipe da empresa no setor de habitação popular é fundamental para o sucesso do programa. “Temos técnicos com grande expertise no planejamento e execução de políticas de habitação de interesse social, o que agrega ainda mais qualidade aos projetos da SEDS”, afirma.

O custo total estimado é de R$ 313 milhões, sendo 60% de recursos obtidos via financiamento junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e 40% de contrapartida do governo estadual. Deste valor, R$ 76,6 milhões já estão sendo destinados a conjuntos residenciais pelo estado, sendo Rebouças a primeira cidade a receber o benefício de moradias do programa, com previsão de início das obras para junho deste ano.

Localidades atendidas – Representantes do BID estiveram no município no dia 5 de abril para acompanhar o andamento do programa, que beneficiará 54 famílias moradoras da Vila Falcão. “Temos ações importantes em andamento e o apoio técnico do BID é fundamental para o fortalecermos as ações planejadas pelo Governo do Estado para melhorar a qualidade de vida das famílias em situação de maior vulnerabilidade social”, explica Letícia Reis, coordenadora estadual do Família Paranaense.

Outros municípios que também estão com projetos de habitação em desenvolvimento são: Cantagalo, que atenderá 125 famílias na Vila Chimin; Prudentópolis, que prevê auxílio a 83 famílias da Vila Santana; Wenceslau Braz, que atenderá 108 famílias na Vila Sem Teto; Laranjeiras do Sul, que atenderá 128 famílias na Vila Caic; e Imbituva, que prepara o auxílio para 196 famílias residentes nos arredores da Vila Zezo. Estes municípios fazem parte da fase de requalificação urbana e calcula um investimento total de R$ 48,4 milhões.

As cidades fazem parte da primeira fase de atendimento referente à habitação do programa, que consiste na requalificação urbana. Isso significa que os bairros selecionados de cada município irão passar por um aprimoramento com reformas de casas, construção de novas residências no lugar das antigas ou até mesmo realocação para novos espaços em casos onde haja risco para as famílias.

Nova Chamada Pública – Em 2017 a SEDS PR lançou uma nova chamada pública para os municípios prioritários interessados em apresentar lotes urbanos para a implantação de novas unidades habitacionais para atendimento das famílias que se enquadrem no programa. Esta etapa prevê a construção de casas e infraestrutura em uma área livre, oferecida pelo município, para uma nova edificação.

As equipes municipais deverão apresentar a manifestação de interesse e os documentos solicitados pela chamada no Palácio das Araucárias, no dia 25 de abril, às 9h. Antes desse período os gestores poderão consultar os escritórios regionais da Cohapar para eventuais dúvidas.

Toda a documentação será avaliada por uma comissão mista, composta pela SEDS e Cohapar. A entrega dos documentos não garante que o município será contemplado, pois precisam atender impreterivelmente a todas as exigências contidas na Chamada. Em seguida acontecerá a checagem dos documentos pela equipe da SEDES que fará a pré-seleção das cidades que se enquadraram nos requisitos estabelecidos.

Depois, a lista será enviada para estudo da Cohapar, que terá 30 dias para vistoria das condições técnicas dos lotes e aprovação ou não dos mesmos. Caso o município seja aceito, posteriormente será assinado um convênio em que a prefeitura autoriza o Governo do Estado a construir no terreno dedicado ao projeto.

Seleção das famílias – Dentro dos municípios selecionados há também a necessidade de elencar as famílias com maior grau de carência por serviços básicos oferecidos pelo governo. A identificação daquelas em situação de instabilidade social é apontada por meio do Índice de Vulnerabilidade das Famílias Paranaenses (IVF/PR).

O índice é um indicador que engloba a informação contida em um conjunto de indicadores parciais, elaborado pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), a qual a fórmula é aplicada de acordo com os critérios da SEDS na base de dados do Cadastro Único de Programas Sociais do governo federal, que depende das equipes dos municípios quanto ao preenchimento e atualização.

Para o cálculo do IVF/PR são considerados quatro componentes divididos em: adequação do domicílio, perfil e composição familiar, acesso ao trabalho e renda e condição de escolaridade. Estes componentes são subdivididos em 19 aspectos para que seja captada a realidade das famílias e sejam ofertadas as ações de acordo com cada uma. O índice varia de 0 a 1, sendo 1 o mais fragilizado.