FÉ: Fiéis comemoram 101 anos de aparição de Nossa Senhora de Fátima

Igreja em União da Vitória que leva o nome da Virgem, promove procissão e missa especial

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Atualizado há 6 anos

Imagem foi carregada pela comunidade e na igreja, em União da Vitória, colocada no centro
Imagem foi carregada pela comunidade e na igreja, em União da Vitória, colocada no centro

Durou um pouco mais que o normal, mas tinha um motivo: a missa celebrada na noite do dia 13, lembrou os 101 anos de aparição de Nossa Senhora de Fátima. A missa, realizada na igreja que leva o nome da Santa, em União da Vitória, reuniu centenas de fiés. Eles também acompanharam a procissão luminosa, um pouco antes, em um percurso próximo da igreja que fica no bairro São Bernardo.

A imagem de Fátima foi carregada pela comunidade e durante a celebração, deixada no meio da nave central, para que fosse tocada por quem tivesse o interesse de se manifestar assim. A missa contou ainda com a participação dos membros do Terço dos Homens, de Cruz Machado. Eles tocaram a liturgia. Para o padre Iomar Otto, pároco da igreja em União da Vitória, a data reforça a necessidade de se lembrar de rezar o Rosário, algo que Maria teria pedido às crianças quando apareceu.  “Sou uma pessoa que gosta do terço. É uma arma que ajuda todos nós, no momento de dor, de sofrimento. Estamos felizes pelos 101 anos”.

Padre Iomar acredita que hoje, se voltasse a aparecer, Fátima escolheria novamente as crianças para se manifestar. “Quem sou eu para dizer como ela se comunicaria. Mas acho que novamente seria as crianças, que são puras. Maria certamente pedira isso novamente: a pureza de coração”, diz. O religioso, ao se posicionar sobre o mecanismo de aparição, lembrava do Dia das Comunicações, também celebrado no dia 13.

Os 101 anos de aparição foram lembrados em todo o mundo, especialmente na pequena cidade de Fátima, em Portugal. Por lá, milhares de católicos relembraram a comunicação da Mãe aos três pastorzinhos e os peregrinos participaram no sábado na peregrinação. A Procissão das Velas foi um dos pontos altos das cerimônias.

Entenda o fato histórico

Em 13 de maio de 1917, Lúcia de Jesus, de 10 anos, Francisco, de 9, e Jacinta, de 7, estavam pastoreando o rebanho de ovelhas nas terras do pai de Lúcia, em um lugarejo chamado Cova da Iria. Em um determinado momento, surgiu um clarão de relâmpago, no céu antes claro e a figura da mãe de Cristo apareceu.

Santuário em Portugal recebeu milhares de fiéis no final de semana
Santuário em Portugal recebeu milhares de fiéis no final de semana

Lúcia, que faleceu já idosa (as outras crianças faleceram ainda na infância) descreveu o que viu como sendo “uma Senhora vestida toda de branco, mais brilhante que o sol, espargindo luz mais clara e intensa que um copo de cristal cheio de água cristalina, atravessado pelos raios do sol mais ardente”. Disse ainda que “seu semblante era de uma inenarrável beleza, nem triste, nem alegre, mas sério, talvez com uma suave expressão de ligeira censura”.

Nossa Senhora teria pedido aos pastorzinhos que comparecessem sempre no dia 13, por seis meses seguidos, na mesma hora, no mesmo local. A mensageira celeste apareceu, como havia previsto, em todos os dias 13 dos meses de maio a outubro daquele ano.

Na última aparição, em 13 de outubro de 1917, mais de 90 mil pessoas viram o sol “bailar”, já que após a chuva forte que permeou a aparição, o sol apareceu girando rapidamente como uma gigantesca roda de fogo. Ele parou de repente e começou a recomeçar o giro sobre si mesmo em enorme velocidade. Inesperadamente, ele se aproxima do solo, dando a impressão de que iria consumir a todos. De repente, volta lentamente a sua posição normal.