Gráficas de União da Vitória faturam com o período eleitoral

O momento é de garantia de empregos e lucros

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Atualizado há 12 anos

As impressoras das gráficas em União da Vitória estão a todo vapor. Falamos isso porque o ano eleitoral aquece os estabelecimentos comerciais com a confecção de santinhos, panfletos e adesivos.

O interessante é que muita gente aproveita esse período para lucrar. Por outro lado, a boa notícia é que com o aumento da demanda muita gente acaba ganhando um novo emprego, mesmo que temporário.

André Luis Gohl. (FOTO: Wannessa Stenzel)

De acordo com o proprietário de uma gráfica de União da Vitória, André Luis Gohl, as gráficas já começaram os trabalhos. A gráfica – antes mesmo de chegarem os pedidos de material de campanha, já iniciou uma rotatividade de trabalho de 24 horas.

Até o momento, a empresa ainda não contratou novos funcionários.Segundo André, o cenário empregatício brevemente terá mudanças. “Nossa intenção é contratar mais pessoas além dos 50 funcionários que dispomos hoje. A demanda de trabalho vai necessitar de mais mão de obra”.

Período eleitoral
Há 18 anos no mercado, André confirma que o período eleitoral aquece a economia local neste ramo. A expectativa é de um aumento de trabalho de 15% a 20%.

Orçamentos
André lembra que neste primeiro semestre já foram realizados os orçamentos dos então pré-candidatos. “Agora é mãos a obra (brinca). As impressoras já imprimem os pedidos dos candidatos, conforme a sua planilha de campanha”.

Pela região
Com filial em São Mateus do Sul, a Gráfica de André fechou propaganda eleitoral com 88% das cidades atendidas pela Associação dos Municípios do Sul do Paraná (Amsulpar).

Pedidos
Os maiores pedidos são de santinhos, panfletos e adesivos. O trabalho é iniciado após o candidato apresentar o CNPJ da campanha e geralmente o pagamento deve ser a vista, pois é preciso prestar contas com o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) informando o que foi feito e como foi pago.

Permitido
O TSE permite a distribuição de material gráfico até às 22h do dia 6 de outubro, véspera da votação.

Confira momentos inesquecíveis da propaganda eleitoral no Brasil com frases que lançaram tendências nas corridas presidenciais

Meu nome é Enéas. Quinze segundos era tudo de que Enéas Carneiro (PRONA) dispunha no horário eleitoral de 1989. Ainda assim, conquistou 361 mil votos. Além do voto de protesto, o candidato atraiu também os fãs de sua oratória veloz e concisa, notoriamente conservadora.Voltou a se candidatar outras vezes, uma delas até sem a barba característica, por conta de um câncer. Mas manteve o bordão até a morte e fez da frase um mote para todos os outros membros de seu pequeno partido.

Silvio Santos presidente. Um terremoto atingiu a eleição de 1989 quando o apresentador Silvio Santos, supostamente incentivado pelo presidente José Sarney, anunciou sua candidatura, com a campanha já em curso. Por isso mesmo, nem sequer seu nome estaria na cédula eleitoral. Favorito, Collor viu sua base de apoio se abalar. Os esquerdistas Lula e Leonel Brizola se viram fora de um eventual segundo turno. Apesar disso, Silvio foi forçado a desistir, depois de problemas com registros do partido pelo qual queria ser candidato e investigações da imprensa sobre seus negócios.

Lula lá. É o jingle mais conhecido das eleições brasileiras. Foi usado pela primeira vez no segundo turno da corrida pelo Palácio do Planalto em 1989, quando o atual presidente foi derrotado por Fernando Collor de Mello. É a primeira produção que aposta no apelo de artistas para endossar o presidenciável – Collor também os usou, mas em número bastante menor. Em 2002, a campanha petista repaginou o jingle e o utilizou novamente no segundo turno, quando venceu Serra.

Ey, Ey, Eymael. Se não tem a notoriedade de “Lula lá”, o jingle de José Maria Eymael (PSDC) ao menos é mais antigo: foi usado pela primeira vez nas eleições paulistanas de 1985, quando o democrata cristão tinha Gilberto Kassab como vice. Usou a música para candidaturas a deputado federal e, finalmente, para a Presidência da República, na morna disputa de 1998. Voltou a se candidatar em 2006, de quando o vídeo foi retirado, e repetiu a música como seu carro chefe. Para estas eleições, ele promete mais do mesmo: a canção mais grudenta da história eleitoral brasileira com pouquíssimas mudanças.

Fonte: eleicoes.uol.com.br/2010