Heróis anônimos que cuidam dos animais em situação de abandono no Vale do Iguaçu

Esses heróis têm nome, sobrenome e boa vontade. Hoje eles integram um grupo chamado de Protetores Sem Fronteiras

·
Atualizado há 7 anos

Marlene Goulart Jakubiw, Vanessa Witiuk e Gisele Mortati são três, das várias pessoas que vestem a camisa para ajudar animais em situação de abandono no Vale do Iguaçu.

Seus nomes hoje integram o grupo chamado de Protetores Sem Fronteiras. A ação destas heroínas, até então anônimas, em seu trabalho voluntário, é ajudar o próximo, enquanto não existir uma política de impacto para atender essa demanda que é enorme. Segundo elas, se não houver o primeiro passo, o problema não vai diminuir.

As três não medem esforços para ajudar a quem precisa, tanto o proprietário, quanto o seu animal de estimação. “Ser um protetor de animais vai muito além do que as pessoas hoje pensam; pois não é chamar uma Organização Não Governamental ou ligar para um protetor independente quand o um animal está sendo maltratado. Ainda, proteger animais também não é ficar no computador apenas repassando pedidos de ajuda, nem se sentir no direito de exigir e cobrar que pessoas ligadas à causa façam o que você considera certo fazer. É preciso fazer a sua parte. Arregaçar as mangas”, desabafa Vannessa.

De acordo com Marlene, os protetores de animais trabalham, estudam, possuem família, filhos, enfim, rotinas como todas as pessoas, porém, decidiram arregaçar as mangas e fazer a diferença. “O protetor de animais muda sua visão em relação à vida, passa a respeitar toda forma de vida, passa a lutar pela defesa dos direitos dos animais, pela castração, pela adoção, por leis mais rígidas e que os defendam, pela conscientização da população, contra a exploração animal em todas as suas formas”, confirma.

Conforme dados de 2015, da Organização Mundial da Saúde, só no Brasil, existem mais de 30 milhões de animais sem um lar, sendo dez milhões de gatos e 20 milhões de cães. De todos estes cachorros abandonados, 14 milhões acabam em abrigos, sendo que 90% nunca encontrarão um dono para chamar de seu. Em cidades de grande porte, para cada cinco habitantes há um cachorro. Destes, 10% estão abandonados. Em cidades menores a situação não é muito diferente. Em muitos casos o número chega a 1/4 da população humana.

Piquinicão

Os Protetores Sem Fronteiras do Vale do Iguaçu pretendem reunir proprietários e seus animais de estimação para o evento “Piquinicão”, que acontece no dia 24 de setembro.

De acordo com a protetora Gisele Mortati, a intenção é promover um dia de lazer para todas as famílias, gratuitamente, e arrecadar fundos para ajudar na aquisição de ração para animais que necessitarem.

O evento inicia às 11 horas, no Clube Náutico Hobi, em União da Vitória.

 

Foto: Wannessa Stenzel