As capivaras são companhias frequentes às margens do Rio Iguaçu em União da Vitória. Isso porque elas já estão por ali há algum tempo, antes mesmo de se tornar tão populoso e cheio de casas ao redor. Contudo, mesmo a área sendo de Preservação Permanente (APP) ainda tem gente que não se dá conta dos cuidados.
Descuido que pode ter causado a morte de uma das capivaras que morava por ali, nas proximidades da Ponte Domício Scaramela. A reportagem do Portal Vvale recebeu na semana passada inúmeras imagens de uma das capivaras que pode ter sido atropelada. O pedido do chefe do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), André Aleixo, pede para que a atenção seja redobrada. “As capivaras são animais nativos, protegidos por lei – Lei de Crime Ambiental – e bem comuns no Paraná. Elas ficam em geral próximas às rodovias, onde estão as áreas de preservação permanente. Por isso as pessoas, inclusive os motoristas, precisam dar mais atenção, redobrar, nesses locais”, reforça.
Mesmo sendo uma APP, a vizinhança construída em volta, apesar de ter sido invadida, é muito antiga e já consolidada. Com isso, o IAP irá enviar um pedido ao Departamento de Estradas e Rodagens do Paraná (DER) para instalar placas de sinalização ao longo do trecho. Dessa forma não só as capivaras serão anunciadas, mas outros animais nativos e protegidos por lei poderão não sofrer com o descuido do homem. “Onde elas habitavam, hoje é muito comum ocorrer esse tipo de acidente, por conta de já ser povoado”, reforça.
Outro local onde será feito o pedido de sinalização é no trecho que segue para o Bairro Dona Mercedes, também em União da Vitória.
Símbolo do Paraná
Por ser nativa, a capivara já virou “meme” nas redes sociais, piada entre alguns paranaenses e já foi imagem para muito comercial. O animal é um dos maiores roedores herbívoros do mundo. No ambiente silvestre, a capivara deve ser preservada, pois faz parte da cadeia alimentar da onça pintada, outro animal bem comum em terras paranaenses.
Mas, quando as capivaras acabam entrando em espaços urbanos – ou tendo áreas invadidas – elas acabam se tornando um caso de saúde pública e, também, de segurança, pois elas podem transmitir a febre maculosa. Quando infectada pela picada do carrapato, a pessoa doente precisa urgentemente de auxílio médico, já que a febre maculosa pode levar à morte.