JOC 85 ANOS: Comemoração de aniversário marca nova fase de O Comércio

Gente que fez e quem faz notícia brindou junto o aniversário do jornal. Quem é manchete também participou da festa

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Atualizado há 8 anos

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(Foto: Mariana Honesko).

Depois de duas semanas de muito trabalho, a edição impressa de comemoração dos 85 anos do jornal O Comércio, finalmente ficou pronta. Se foi trabalhoso para a equipe de reportagem, foi muito mais para quem diagramou, criou e torceu para que a edição chegasse à tempo na gráfica e, no dia seguinte, às bancas e aos assinantes. Com pontualidade, tudo saiu perfeito, igualmente como foi a festa de comemoração da data, da própria edição histórica e da apresentação do novo layout do veículo. Tudo isso foi brindando, em um café da manhã aconchegante, na sede do Grupo Verde Vale de Comunicação, “pai” do jornal desde 2012.

Para o diretor executivo do Grupo, Caíque Agustini, o momento é de uma “virada de página” oportuna, capaz de projetar O Comércio para ainda mais longe. Os convidados da festa de comemoração não tiveram dúvida de que os 85 anos realmente são exatamente o que espera Agustini: o tempo de concretizar o jornal como realmente ele é, gigante, confiável e que sabe sobreviver e se adaptar.

O jornalista Ivo Dolinski, que começou sua carreira no veículo aos 22 anos, afirma com convicção que no Vale do Iguaçu O Comércio se distingue justamente por ser “camaleão”. “Existe uma possibilidade de a imprensa escrita sofrer uma mudança grande em função da expansão da informática, mas alguns jornais vão sobreviver. Tenho certeza de que o único que vai conseguir isso é o Jornal O Comércio”, sorri. Therezinha Wolff, colunista das “antigas”, que iniciou suas linhas à convite de Dolinski, acompanhou os momentos de transição do veículo. Para ela, escrever a história em um também histórico veículo, é sinônimo de compromisso. “Eu já tenho uma trajetória grande. Quando eu estava em Curitiba, recebia o jornal, sabia das notícias daqui. Sou muito de vestir a camisa e por isso nunca quis escrever para outro jornal. O Comércio é onde está a nossa história. Como deixar de escrever?”, diz.

Odilon Muncinelli, também colunista, admite que falar do jornal e da relação com ele o deixa sem palavras. Pudera: dos 85 anos, Muncinelli viveu 46 com O Comércio. “Andei mais da metade da minha vida aqui. Não tenho nem palavras para descrever esse sentimento”, diz, emocionado, sem deixar de contextualizar a posição do jornal. “Ele começou com sede em Porto União. É o mais antigo da cidade e o terceiro mais antigo de Santa Catarina e do Paraná”, afirma.

Otimista e dê olho no futuro o jornalista Dago Woehl aposta na adaptação rápida dos leitores ao novo layout – a alteração envolve o nome do jornal e a disposição do texto. Para Woehl, essa capacidade de reinvenção é um dos segredos da duração longa do veículo. “O jornal é de interior, supera as dificuldades, tem mudança do corpo de jornalistas. Olhamos o jornal hoje com uma cara nova, atual, que te ajuda a selecionar o que se quer em função do tempo que se tem. Essa atualização faz com que se ganhe tempo. Foi um passo fundamental de adequação”, elogia. O historiador Aluísio Witiuk define em três palavras o segredo de tanta vitalidade. “Seriedade, honestidade e justiça”, sorri. “É uma belíssima fonte para a história regional. Temos onde recorrer, saber o nosso futuro fazendo a leitura do passado através do jornal”, completa.

E a saudade parou no coração de Ussiel Dias. Entre idas e vindas, ele viveu 15 anos no jornal. Foi para ele que a diretora – de antes e de sempre – Sitamar Dalmas, pediu a criação da vida comercial do periódico. Dias montou e fez funcionar, com precisão e leveza. “Entrei no jornal em agosto de 1995, lembro como se fosse hoje. Tínhamos muita coisa para fazer”, lembra. Dias acabou se envolvendo também na produção jornalística e na publicidade. Saiu da empresa, mas, como muitos que saíram dela, tem o sentimento de carinho pelo veículo. “Não consigo ficar longe muito tempo”, sorri.

Homenagens

A festa de comemoração, que permitiu reencontros e muita história para contar, também abriu espaço para a gratidão. Várias personalidades foram homenageadas e do grupo, receberam uma lembrança criada especialmente para a data. Odilon, Sitamar, Therezinha, Ivo, Brittão e outros tantos colaboradores receberam um quadro com sua imagem em homenagem.

O diretor executivo do Grupo, Caíque Agustini, também homenageou os profissionais que por todas essas oito décadas passaram pelo jornal. Ainda fez um pedido, para que os laços sejam estreitados e o crescimento aconteça, de fato, sem uma linha férrea para dividir, sem um Iguaçu para distanciar. Os laços são de cidades irmãs e são com esses laços que o Vale do Iguaçu deve se desenvolver, sendo assim, registrado pelas páginas de O Comércio.

O tataraneto do fundador

Bonitinha e charmosa foi a recepção da homenagem pelo tataraneto de Hermínio Milis, Derek Henrique Milis. Na linha de sucessão, ele está na quarta geração da família e – uma pausa, mas precisei me posicionar – com muito orgulho, meu filho. Derek, que tem outros primos que igualmente compartilham da mesma posição na árvore genealógica, representou a família do criador do jornal. Ele tem cinco anos, recebeu o quadro de homenagem e fez questão de colocá-lo no seu próprio quarto.

Programa Linha Aberta Especial

O tradicional programa da Super Rádio União, Linha Aberta foi especial. Durantes três horas, diversos convidados participaram da atração que homenageou o jornal O Comércio.

Confira aqui o programa na íntegra.