Lista de maus fornecedores à disposição

Procon vai apontar nomes dos estabelecimentos comerciais com maior número de reclamações. Relação ficará acessível aos consumidores

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Atualizado há 10 anos

Por Mariana Honesko

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Bertolin prevê divulgação em breve da lista em União da Vitória

O assunto é polêmico, virou motivo de debate na sessão da Câmara de Vereadores de União da Vitória mas possível aos órgãos de proteção dos consumidores. No município, o Procon vai adotar o modelo já usado pela entidade em outras cidades e em breve, terá à disposição dos consumidores, uma lista que revela o nome dos endereços com maior número de queixas. Não é uma medida simpática, porém, de proteção. “Na verdade o Procon adota esta medida já no início do ano, informando o cadastro do ano anterior. Neste ano, por questões técnicas, não foi possível fazer isso ainda”, explica o coordenador do órgão em União da Vitória, Raphael Garcia Bertolin. “Independente da Câmara, isso é algo previsto pelo órgão. Todo trabalho do Procon precisa ter publicidade”, completa.

A relação não deve ser tão extensa. Conforme Bertolin, serão incluídos nela apenas os nomes dos fornecedores que, depois da negociação, não chegaram a qualquer acordo. “Entra na lista quem passa pelo processo administrativo e não resolve as dificuldades para os clientes”, reforça. Diante de um bom número de acordos amigáveis, a relação dos maus fornecedores deve ser pequena e povoada, especialmente, por empresas que não são originalmente da cidade. Bertolin antecipa a relação e menciona as empresas, Pernambucanas, Magazine Luiza, banco Itaú e Phlico, no topo da lista de reclamações. Todas são marcas nacionais.

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Conforme a ouvidora de Porto União, relação fica restrita à consultas internas

Em Porto União o documento fica restrito às consultas internas. Nenhum nome é revelado aos consumidores e, segundo a ouvidoria do órgão, não há projeto para mudança no modelo. Por lá, as queixas concentram-se contra os serviços prestados pela telefonia e agências bancárias. “Comparando as reclamações, são mínimas as que são contra as empresas locais”, avalia a ouvidora, Karin Daiane Chiarentin Bida.

Diferente de União da Vitória, porém, o Procon de Porto União tem maiores dificuldades na negociação de queixas contra as empresas da região. “As grandes geralmente tem um setor apenas para resolver problemas com consumidores. Por isso, se torna mais tranqüilo”, pontua.