Livro “Notas de um desaparecido – Paulo Stuart Wright” será lançado em abril

Lançamento ocorrerá durante Ato Solene “50 anos da Ditadura Civil-Militar, para que isso nunca mais aconteça”, no dia 1° de abril, na Assembleia Legislativa

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Atualizado há 10 anos

fotoNo dia 1° de abril, às 19 horas, no Auditório Antonieta de Barros da Assembleia Legislativa, em Florianópolis, será lançado o livro “Notas de um desaparecido – Paulo Stuart Wright” e reeditada a exposição “Dos filhos deste solo – vítimas da ditadura”.

As duas iniciativas são do Instituto Paulo Stuart Wright (IPSW), com patrocínio do Sindicato dos Servidores da Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (Sindalesc) e apoio do mandato da deputada estadual Luciane Carminatti. Ela é proponente do ato solene “50 anos da Ditadura Civil-Militar, para que isso nunca mais aconteça”, durante o qual será feito o lançamento do livro, que reúne artigos sobre os anos de chumbo no Brasil.

Na ocasião, será homenageado o bancário aposentado e ex-preso político José dos Reis Garcia, de Blumenau.

A próxima atividade do IPSW é tornar itinerante a exposição “Dos filhos deste solo”, que traz fotos e textos sobre os destinos dos nove mortos e desaparecidos políticos de Santa Catarina durante as duas décadas da ditadura civil-militar. A mostra, também com lançamento do livro em cada município, passará por Laguna, Itajaí, Rio do Sul e Joaçaba, além de Florianópolis, roteiro que poderá ser ampliado.

Paulo Stuart Wright

Nascido em Herval d’Oeste (SC) em 1933, foi eleito deputado estadual em 1963 pelo Partido Social Progressista (PSP). Dedicou seu mandato às causas sociais e, mais especificamente, dos pescadores catarinenses. Suas posições foram interpretadas como subversivas pelo regime militar e, por pressão do V Distrito Naval, Paulo acabou cassado por seus pares no Legislativo estadual, em 9 de maio de 1964.

Na clandestinidade, ingressou na Ação Popular, movimento de resistência à ditadura, tornando-se um de seus líderes. Em setembro de 1973, Paulo Stuart Wright desapareceu. Teria sido capturado por agentes do DOI/CODI de São Paulo. Nunca mais foi visto e seu corpo jamais foi encontrado.

Da Assessoria