Por Mariana Honesko
Com apenas um ano de vida, o projeto de separação do lixo reciclado contabiliza bons resultados. No final de 2014, por exemplo, a previsão do coordenador do projeto Ecocidade e secretário do Meio Ambiente de União da Vitória, Sidnei Cieslak, de fato, aconteceu. Por conta de um mês de festas, com troca de presentes e portanto, de muito papel, plástico e outros tantos produtos passiveis de reaproveitamento, a coleta seletiva garantiu à Cooperativa de Trabalho dos Agentes Ecológicos de União da Vitória (Coopertrage) 175 toneladas de material.
Mas, embora expressivo, dezembro perdeu na balança para o mês de janeiro: foram 187 toneladas coletadas, um salto de 12 toneladas. “E cada mês o volume aumenta muito mais. Isso ocorre a partir da conscientização das pessoas, que estão pensando na separação e fazendo isso em casa”, elogia Cieslak.
Justamente por acreditar no potencial da comunidade que o secretário na quebra do recorde conquistado no primeiro mês de 2015. Por enquanto, a média segue na faixa das 150 toneladas por mês.
Entenda melhor o projeto
O projeto alcançou a expansão a partir de seu desdobramento. Antes, e inicialmente, aplicado em São Cristóvão, cruzou a ponte e chegou ao centro e bairros de União da Vitória. O Ecocidade propõe a execução da coleta, triagem e organização a partir do trabalho dos cooperados. A Coopertrage fica no antigo Terminal de Calcário, no bairro São Sebastião.
Em casa, os moradores precisam fazer a lição de casa: separar o lixo que pode ser reaproveitado e colocá-lo nos sacos de cor laranja, distribuídos pela equipe do Ecocidade. “Mesmo com tanta informação tem gente que ainda não entendeu o projeto. Tem quem até usa o saco laranja para colocar grama, resto da poda de jardim. Isso no centro!”, indigna-se o secretário de Meio Ambiente.
A distribuição das sacolas já foi encerrada em São Cristóvão. No centro e nos bairros, porém, ela continua.
Projeto propõe uso de sacolas coloridas no comércio
Nesta semana, a Administração Municipal iniciou a discussão sobre a possibilidade de inclusão nos supermercados, açougues, padarias e sacolões de sacolas plásticas em duas cores (laranjada e cinza), para o acondicionamento dos comprados. A intenção é que na sequência, essas embalagens sejam reutilizadas para a separação correta do lixo: a laranja, para os resíduos recicláveis e a cinza, para os não recicláveis e orgânicos. Para Cieslak, isso fortaleceria o projeto EcoCidade. “O mercado investe e todo o lixo reciclável vai para a Cooperativa”, avalia.
A administração defende a implantação do projeto mas lembra que é fundamental discutir o tema com os comerciantes. Segundo o secretário, neste primeiro momento, a ideia teve uma repercussão positiva. Em março, uma nova reunião com empresários deve trazer o assunto para a pauta, de novo.