LUTO: Sob forte comoção, corpo de Dom Agenor Girardi é sepultado

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Atualizado há 6 anos

(Foto: Mariana Honesko).
(Foto: Mariana Honesko).

Difícil encontrar um rosto que não tivesse pelo menos uma lágrima. Rostos assim, decorados pela dor, marcaram a despedida de Dom Agenor Girardi, bispo diocesano em União da Vitória. O sepultamento aconteceu na manhã deste sábado, 10, próximo das 11 horas. Além da comunidade local, moradores dos municípios que pertencem à diocese, bem como de sua cidade natal, Francisco Beltrão (PR), participaram da missa especial, iniciada às 9 horas, presidida pelo arcebispo metropolitano de Curitiba, Dom José Antônio Peruzzo. Padres, diáconos e seminaristas, além do bispo emérito, Dom Walter, o ex bispo da diocese de União, Dom João Bosco, também acompanham a celebração.

Lembrado por seu carisma, Dom Agenor Girardi foi especialmente mencionado nos discursos dos familiares, por seu envolvimento e preocupação com os jovens. No sepultamento, a emoção ficou ainda mais evidente quando os jovens, dos grupos montados para eles, foram até o caixão, colocado diante do altar da Catedral, e sobre o corpo do bispo colocaram rosas amarelas. “Ele gostava de flores e tinha apreço pela cor amarela”, sorriram. A cada flor, mais lágrimas e emoção.

Quintino, irmão mais novo do bispo, também quis dar seu depoimento. Emocionado, disse que a família amava muito Dom Agenor e que sempre, desde a demonstração de sua vocação, o apoiavam. Quintino veio com os filhos, que participaram de toda a liturgia. Da família Girardi, de Beltrão, ela é agora o único dos cinco irmãos, ainda vivo. “Estamos devolvendo Dom Agenor para Deus”, disse, comovido.

O sepultamento do corpo foi acompanhado pelas orações, especialmente pela Ave Maria, única expressão que nos últimos momentos de vida, Dom Agenor conseguia pronunciar. O enterro do corpo foi uma novidade para a comunidade local. É que isso aconteceu dentro da Catedral, na chamada cripta, ao lado direito do altar. Embora ainda soe diferente para a região, a prática é algo bastante comum na Igreja Católica.

O bispo diocesano faleceu na noite de quinta, 8, no Hospital São Braz. Ele estava internado há mais de 30 dias, por conta do tratamento de uma grave enfermidade. Desde novembro de 2017, vivia uma maratona entre sua residência e o hospital para tratar de sua saúde. Chegou a ser internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas o quadro se agravou. Às 10h30, fechou os olhos, sereno, como relataram as pessoas que estiveram ao seu lado. Dom Agenor era bispo da diocese desde junho de 2015.

Repercussão

Na rede social, centenas de compartilhamentos da notícia sobre a morte foram feitos. Órgãos oficiais, como prefeituras e a regional da CNBB, também se manifestaram. A CNBB, inclusive, disse que a vida de Dom Agenor “deixa um rastro de luz, de simplicidade, de profunda amizade e de um grande testemunho de paixão por Deus e pela Igreja”.

Desde a manhã desta sexta, 9, a comunidade católica e de outros credos também, visitam a Catedral de União da Vitória para, pessoalmente, prestar reverência à Dom Agenor Girardi. O bispo diocesano faleceu na noite de quinta, 8, no Hospital São Braz. Ele estava internado há mais de 30 dias, por conta do tratamento de uma grave enfermidade. Às 10h30, fechou os olhos, sereno, como relataram as pessoas que estiveram ao seu lado.

O velório termina na manhã deste sábado, 10, quando, às 9 horas, está previsto o início da missa “de exéquias”, a celebração de despedida. Ela será celebrada pelo Dom José Antônio Peruzzo, arcebispo metropolitano de Curitiba.

Fotos: Mariana Honesko