NOVIDADE: Se o trânsito piorar, monumento sai

Informação do prefeito de Porto União, surpreendeu

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Atualizado há 7 anos

(Foto: Mariana Honesko).
(Foto: Mariana Honesko).

A localização do Monumento ao centenário de Porto União provocou tanta polêmica, que proporcionou uma revelação inusitada por parte da administração municipal. O prefeito de Porto União, Eliseu Mibach (PSDB) disse durante uma entrevista na Rádio União, que a localização do monumento pode até ser mudada. De acordo com Mibach, ainda nesta semana a Secretaria de Obras e o Departamento de Trânsito vão abrir o trânsito no local para uma avaliação. Dependendo do comportamento dos condutores o local do monumento pode ser revisto.

O local será sinalizado adequadamente. Como estamos perto do dia do centenário, o monumento será inaugurado. Futuramente se nós [administração] acharmos que não ficou bom ou se a população entender deva mudar, ele [o monumento] pode ser realocado sem maiores problemas”, disse o prefeito. É uma informação nova. Ninguém imaginava que um monumento dessa envergadura pudesse ser retirado de um lugar e colocado em outro. “Se o transito não fluir da forma adequada, após a inauguração poderemos deslocar o monumento para um ponto mais adequado, na praça”, enfatiza Mibach.

Polêmicas

A polêmica em torno do Monumento e sua localização se dá pela lentidão no trânsito no local. O engenheiro Roberto Domit de Oliveira, Secretário de Obras de Porto União, pediu um voto de confiança dos usuários do trânsito no local. “Os condutores vão poder descer para União da Vitória pela Rua Sete de Setembro contornando o monumento. O retorno para O Cine Teatro Ópera também está garantido. É lógico que os condutores precisarão de mais atenção, mas a sinalização será contundente no local. Não há razão para as críticas”, explicou. Outra crítica comum, não tem razão de ser. “A obra não tem custos para a prefeitura, por que é destinada pelo governo federal para tal fim, e só para este fim”, confirmou Domit.

Monumento móvel

O monumento não tem rodas e nem é móvel, mas por meio de máquinas e guindastes, pode ser deslocado em alguns metros, mas só for o caso, muito bem justificado, segundo o prefeito Eliseu.  Para o arquiteto Roberto Gugelmin, responsável pela obra, o objetivo é trazer o marco mais para perto da rua mesmo, para o pedestre ver o monumento, e para quem está de carro se interessar, para e ver, entrar no comércio das adjacências. Segundo Gugelmin, o local vai obrigar os condutores a reduzir a velocidade. Mas o propósito é a questão visual. “Para quem desce a Sete de Setembro e até na Siqueira Campos, vai poder visualizar o monumento”, justifica Roberto Gugelmim.

Aberto ao debate

Enquanto o centenário não chega, o local continua alvo de discussões, nas ruas, cafés e nas redes sociais. A área que cerca o monumento chegou a ser pichada e os anteparos foram trocados, frustrando a ação do pichador que quis deixar sua assinatura no local. Mibach diz que é aberto a novas ideias e ao debate. “Não somos donos da cidade, apenas administramos, mas quem manda é o povo. Se a conclusão for pela remoção do monumento do local, isso poderá ser feito, desde que as justificativas sejam plausíveis”, disse. Um comerciante que não quis se identificar defendeu o monumento: “Imagina se cada monumento que alguém não gostar seja removido para qualquer canto, isso é absurdo, temos que respeitar nossa própria história”, disse.