Obras atendem emergências e seguem cronogramas

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Atualizado há 10 anos

Por Mariana Honesko

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Companhia garante que ações, embora exijam paciência dos motoristas, seguem roteiro ou atendem emergências. (Foto: Mariana Honesko).

De repente, no meio do caminho, uma placa sinaliza que há obras logo à frente. É preciso contornar o espaço ou usar outras vias como desvio. No caso das intervenções nas calçadas, a ação vai exigir paciência e habilidade dos pedestres. Nas Cidades Irmãs, com exceção das prefeituras, as atividades de infraestrutura são executadas pela Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar). Elas geralmente “pegam de surpresa” a comunidade que, diante da intervenção, não tem muito que fazer. “O barulho atrapalha muito. Acho que a equipe deveria achar outro horário para executar as obras”, avalia a diretora do Centro Educacional Arco-Íris, em Uniao da Vitória, Rose Meri Aparecida Ferreira. Segundo ela, na última intervenção da Companhia, o chão do estabelecimento de ensino tremeu e um cano estourou. “Se não tivéssemos a caixa, teríamos ficado sem água”, conta.

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Nas intervenções emergenciais, Sanepar justifica: não é possível prevê-las ou protelá-las

Embora incômodas, a companhia garante que as obras respeitam critérios de necessidade ou de programação. Em nota, a Sanepar detalha o mecanismo de execução das obras. O texto afirma que as intervenções nas redes de abastecimento de água e de coleta de esgoto podem ocorrer de forma programada ou por situações emergenciais. “Nas intervenções emergenciais, normalmente para a execução de reparos ocasionados por vazamentos ou rompimentos nas tubulações, não é possível prevê-las ou protelá-las, devido a sua característica de urgência. Estas intervenções são feitas rotineiramente e, na maioria dos casos, é inevitável a abertura de valas para realizar o serviço, já que as redes estão assentadas no subsolo”, explica a redação.

Já as obras programadas, segundo a companhia, ocorrem tanto para serviços de substituição de equipamentos, melhorias ou adequações, quanto por obras de implantação ou ampliação dos sistemas de água e esgoto, com prazos maiores de execução. “Nestes casos, em paralelo ao andamento das obras, a Sanepar realiza um trabalho de educação socioambiental com a comunidade envolvida, que inclui informações sobre os eventuais transtornos gerados pelas obras”, afirma a nota.

De qualquer forma, porém, é de responsabilidade da empresa a reposição do pavimento, seja no passeio ou nas vias públicas afetadas. “Não me incomodo. É bom porque resolve mas faz bagunça. Desde que resolvam, toda obra é bem-vinda”, diz a dona-de-casa, Eva Cardoso.

Novidade

Segundo a Companhia, obras de ampliação do sistema de esgoto, integrando novas 300 famílias ao sistema de esgotamento sanitário foram concluídas recentemente. A ação é fruto da implantação de 2,6 quilômetros de tubulação. Ainda de acordo com a Sanepar, também estão em desenvolvimento projetos para ampliar os sistemas de água e esgoto para os próximos anos.

Moradores do Bento Munhoz questionam cobrança na fatura

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Na Rua Dom Pedro II, intervenção fez o chão de escola infantil tremer

A conta de água do técnico em radiologia Guilherme Hugo Meyer é sempre alta. Ela gira em torno dos R$ 80 mas não traduz, conforme ele, o consumo de todo o serviço cobrado. Com uma fatura em mãos, ele mostra onde está o erro. Segundo ele, o que eleva o valor mensal é a cobrança do tratamento de esgoto. Ele corresponde à metade do total da conta. “Quanto mais se consome água, maior é o valor do tratamento de esgoto”, explica.

Pagar não é o problema. Conforme Meyer, nem sua casa nem a dos vizinhos de pelo menos quatro quadras no conjunto Bento Munhoz, em São Cristóvão, são atendidos pela cobrança. “E isso tem muitos anos já. Os moradores já fizeram até um abaixo-assinado, pedindo atenção para isso”, conta. O técnico explica que a comunidade não tem interesse no ressarcimento do que já foi pago. Antes, querem a exclusão da cobrança ou a inclusão do serviço.

O escritório local da Sanepar foi procurado. Segundo os técnicos da rede, há, de fato, pontos no conjunto que não são assistidos pelo tratamento de esgoto. Eles não souberam falar exatamente sobre a situação do Bento Munhoz mas comentaram a inclusão do trecho na cobertura do benefício em breve. Conforme apurou em maio O Comércio, apenas 37% do esgoto das Cidades Irmãs é tratado.

Cobertura de tratamento de esgoto

Em maio, O Comércio mostrou com números o alcance do tratamento de esgoto aplicado em União da Vitória e Porto União. Os dados publicados são da Sanepar. Conforme o escritório regional, apenas 37% do esgoto lançado recebe tratamento. União da Vitória está um pouco mais avançada no projeto e consegue filtrar os resíduos em 23,84% de cobertura. Em Porto União, a ação ocorre apenas no anel central, o que garante números inexpressivos: apenas 14,64% do esgoto é tratado.

Tirando dúvidas sobre o assunto

Clientes com dúvidas, reclamações ou sugestões podem entrar em contato com a empresa por meio do telefone 115, pelo site www.sanepar.com.br ou diretamente nas Centrais de Relacionamento da Sanepar.